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17 | I Série - Número: 010 | 9 de Outubro de 2008


O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Até lhe vou dizer mais: na Suécia há 630 000 empresas a beneficiarem deste regime.
E nós até chegamos a conceder num ponto: que, ao menos, seja só nas relações com o Estado. Já apresentámos esta proposta por duas vezes, mas o PS também não a aceitou.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E o PSD votou contra a nossa proposta, no Orçamento!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Ao menos nas relações com o Estado, porque, nesse caso, é imoral!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas também votaram contra a nossa proposta!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Queria dizer ao Sr. Primeiro-Ministro o seguinte: as medidas que anunciou para as pequenas e médias empresas não resolvem os problemas de tesouraria nem os problemas de liquidez. Pese, embora, serem medidas positivas no médio prazo, não são positivas para agora. Isso é evidente! Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, há uma clara diferença entre o Governo do PSD e o Governo do PS.

Vozes do PS: — Há muitas!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — O Governo do PS está apostado no mega-investimento público, enquanto nós estamos apostados numa política ligada à vida concreta das pessoas e ao quotidiano das empresas.

Aplausos do PSD.

Sei que os pequenos e médios empresários que nos estão a ouvir nos dão razão e que estão à espera de um sinal nosso.

Aplausos do PSD:

O Sr. Presidente: — Passamos agora às perguntas a formular pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP.
Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o Fundo Monetário Internacional acaba de publicar a sua previsão de que Portugal terá um crescimento zero no próximo ano. Isto significa que não só estamos em tempo de vésperas de dias muito difíceis como numa espécie de hora da verdade que convoca o patriotismo de cada um de nós.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não acho que os portugueses, perante um cenário desses, peçam querelas ou quezílias entre os políticos. A classe média, que está preocupada com as taxas de juro, os aforradores, que estão preocupados com as poupanças, os reformados, que estão preocupados com a inflação, ou os jovens, que estão preocupados com o emprego, pedem-nos, mais do que discussões estéreis, soluções.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Pedem-nos soluções para os problemas económicos e sociais do País.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Primeiro-Ministro apresentou algumas das suas medidas.