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32 | I Série - Número: 011 | 10 de Outubro de 2008

Por outro lado, talvez não haja muita diferença entre aquilo que se passou, como objectivo de política de educação, na altura do Sr. Ministro como ministro da Educação e agora, com esta Sr.ª Ministra da Educação, com o actual Governo, ou até passando pelo percurso daquelas bancadas mais à direita, do PSD e do CDS.
É que há um objectivo que, de uma forma mais assumida ou menos assumida, todos têm conseguido atingir, a desvalorização da escola pública, e, nesta Casa, todos sabem que hoje existe uma profunda desconfiança em relação à escola pública. Isso é mais do que triste, é profundamente preocupante.
Hoje em dia, chegamos a ouvir pessoas dizerem que meter um filho numa escola pública é arriscar a sua educação. Isso é profundamente preocupante quando o que nós, nesta bancada, queremos é a valorização e a credibilização da escola pública.
«SOS em Portugal». É preciso valorizar a escola pública! Para isso, são necessárias políticas educativas que se conformem com esse objectivo. Ora, quando, em Portugal, temos simultaneamente uma desgraçada desvalorização dos professores, a situação é sobremaneira preocupante.
Cada um dos presentes concorda com um sistema de avaliação para os professores, mas hão-de convir que é preciso contestar o sistema de avaliação agora proposto porque é profundamente injusto para os professores e para o sistema educativo.
Na verdade, um professor ser avaliado em função da avaliação que faz dos seus alunos é truncar completamente os objectivos de qualquer sistema de avaliação. De resto, agora, as escolas andam completamente baralhadas em termos de horários e de modo de funcionamento por causa da avaliação de professores.
Então, afinal, o que andamos a fazer às escolas portuguesas e o que está a passar-se neste momento nas escolas portuguesas no que diz respeito, designadamente, a este sistema de avaliação? Por outro lado, também em matéria de ensino e de educação, temos a característica propagandística do Governo levada ao mais alto nível.
Todos ficámos a gostar muito do Magalhães. O Magalhães já provou que está permeado de coisas que ainda importa esclarecer, assegurar. É evidente que, nas escolas, muitos professores souberam do Magalhães pela televisão e pelas grandes acções propagandísticas, mas a informação ainda não chegou às escolas, pelo que há professores que ainda não sabem do Magalhães.
Mas importa é falar daquilo que o Magalhães não mostra, aquilo que está atrás, à frente, do lado esquerdo e do lado direito do Magalhães. É que se olharmos para as condições em que funcionam muitas das escolas deste país, são de bradar aos céus! Quando olhamos para escolas e para salas de aula que nem quadros dignos têm para se poder escrevinhar com giz, quando há escolas sem condições para os alunos se sentarem em cadeiras e em carteiras dignas e confortáveis, quando há escolas com salas de aula cujas condições climatéricas deixam muito a desejar ou até cujo piso está em péssimas condições, temos de reflectir sobre tudo isto e sobre o que, efectivamente, damos aos professores e às crianças que frequentam diariamente os estabelecimentos de ensino.

Protestos da Deputada do PS Helena Terra.

Sr.ª Deputada, neste país, há crianças que vão passar todo este ano lectivo, e, provavelmente, até mais alguns, em contentores»

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Tem que perguntar aos municípios respectivos o que fizeram com o dinheiro!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Já quisemos saber quanto é que estes contentores estão a custar ao Estado mas ainda não recebemos resposta à pergunta que fizemos, por escrito, sobre esta matéria. E ninguém sabe quanto está a ser pago.
É que o Estado encerrou escolas, «enfiou» as crianças nos contentores, noutras escolas, porque não criou condições nestas õltimas para poderem suportar as crianças»

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Pergunte porquê aos municípios!