34 | I Série - Número: 011 | 10 de Outubro de 2008
Protestos do PSD.
» não se esquece da falta de confiança que o PSD demonstra ao querer afastar os professores da liderança das escolas, como se eles não tivessem capacidade para assumir essa liderança. Esta é uma classe que, repito, percebe bem as mensagens, aliás, percebe bem o que o PSD não consegue entender.
A classe dos professores percebe bem que o PSD, quando fala em inflacionar resultados para fins estatísticos, está é a atacar os professores na sua dignidade e não o alvo que pretenderiam, o Ministério da Educação.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
O PSD não pode falar em facilitismo quando fala numa escola capaz de abarcar mais alunos, em garantirlhes mais qualidade e mais igualdade de oportunidades para todos acederem ao real sucesso educativo.
Uma escola exigente é a que ao seu seio consegue atrair e no seu seio consegue manter os alunos, garantindo-lhes elevados níveis de qualidade para atingirem, como todos têm direito, reais níveis de sucesso.
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Paula Barros (PS): — Esta é uma escola exigente que, portanto, também tem mais propriedade para exigir aos seus actores, nomeadamente aos seus alunos.
A via facilitista, Sr.as e Srs. Deputados, é a via da exclusão, esta via que a direita tanto defende, encontrando sempre estratégias e argumentos para excluir, para dar corpo àquela sua concepção de escola de elite, a escola para alguns, supostamente para aqueles que, na mente da direita, merecem lá estar. Esta é a via mais fácil de produzir os resultados á exacta medida daquilo que se pretende»
Protestos do Deputado do PSD Paulo Rangel.
O PS rejeita esta visão da escola. O PS acredita e quer continuar a contribuir para uma escola pública onde se reúnam condições de elevados níveis de qualidade e de exigência para o sucesso de todos.
O Sr. José Paulo Carvalho (CDS-PP): — Onde todos passam!
A Sr.ª Paula Barros (PS): — Repare-se que este complexo da direita fica bem espelhado numa frase, em que, naturalmente, devem rever-se, não fora proferida por um ex-Ministro da Educação do PSD, que é a seguinte: «Excluam-se as minorias que perturbam as maiorias». O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Quem? Quando? Onde?
A Sr.ª Paula Barros (PS): — É uma frase clarificadora em relação a este preconceito e também no que se refere à defesa de exames nacionais generalizados, como se todos os alunos já estivessem em condições de competir em igualdade de circunstâncias.
O mesmo se aplica à defesa da avaliação externa dos professores, suspeitando da sua capacidade de auto e hetero-avaliação e fazendo tábua rasa das condições específicas e concretas em que cada professor, empenhada e continuamente, desenvolve a sua actividade.
O modelo proposto é susceptível de melhoria? Com certeza que será! Mas só é susceptível de melhoria aquilo que existe, aquilo que é proposto, porque, quando não existe, não é susceptível de ser melhorado nem de ser piorado.
Fácil, Srs. Deputados, é excluir. Fácil é desistir.
Têm ou não os Srs. Deputados consciência de que a batalha das qualificações é decisiva para Portugal, ou consideram que Portugal deve continuar a manter-se como um dos países da Europa com a mais baixa taxa