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81 | I Série - Número: 016 | 6 de Novembro de 2008

ao apoio aos desempregados, àqueles que têm salários em atraso, não quer também aproveitar a força do exemplo para resolver o drama de 1 milhão de famílias que não sabe o que há-de fazer com o crédito?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Se me permite mais 10 segundos, Sr. Presidente, gostava que o Sr.
Primeiro-Ministro me explicasse esta contradição insanável: hoje de manhã, assistimos a um espectáculo de nacionalização do BPN»

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Espectáculo?!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » e agora, neste Orçamento, o senhor propõe a privatização da Galp, da REN, da ANA, da TAP, do que resta do sector público. Explique-me esta contradição e deixe-se de discursos keynesianos porque, no essencial, a sua política continua a ter uma marca neoliberal, apesar deste discurso que não tem qualquer efeito prático, designadamente neste Orçamento do Estado.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, estou informado de que, esta manhã, o Partido Comunista votou contra a nacionalização do Banco Português de Negócios.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Ponha lá as aspas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado é que tem de explicar aos depositantes e aos trabalhadores do BPN por que é que, numa situação destas, o Partido Comunista é contra. Sabe por que é contra? Porque a vossa cegueira e o vosso sectarismo é tal que votam contra tudo o que vem do Governo, mesmo que seja a nacionalização de um banco!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, escusa de apontar o dedo que eu bem vos percebo. Os senhores estão a fazer comigo o que já fizeram com todos os líderes do Partido Socialista.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Com os banqueiros, que são uns corruptos, uns ladrões!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Os senhores fazem uma campanha dentro do vosso partido para insultar os outros e para insultar os líderes dos outros partidos.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Querem «encher a barriga» aos ladrões!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sempre o fizeram e, depois, tentam disfarçar.
O que digo, Sr. Deputado, é que apresentámos aqui hoje uma medida que visa defender o sistema bancário português, que visa defender a economia, que visa defender, também, os depositantes do Banco Português de Negócios e aqueles que confiaram no BPN. E os Srs. Deputados votaram contra apenas por sectarismo!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — E as privatizações?!