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86 | I Série - Número: 016 | 6 de Novembro de 2008

O Sr. José Junqueiro (PS): — Má consciência!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » porque, realmente, as pessoas sabem que fizemos o que fizemos, definimos um sistema de garantias, tal como fez toda a Europa, para garantir liquidez nos bancos, para que as pessoas, ao entrarem nos bancos, saibam que há lá dinheiro para lhes ser emprestado.
É por isso que esse seu cinismo e demagogia»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Que lata!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » não vêm nada a propósito!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — 10 milhões!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É que para muita gente isso significa ter ou não ter emprego,»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — 10 milhões!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » isso significa ir ou não ir á falência.

Aplausos do PS.

Para muita gente entrar no banco e não haver dinheiro é que é um problema! O Sr. Deputado vem de novo dizer que o Governo tem de baixar os juros. Mas há uma coisa que, realmente, me intriga e que gostava mesmo de saber: o Sr. Deputado ensina aos seus alunos que o Governo pode intervir nos juros? Decreta os juros do banco? O Sr. Deputado aconselha-nos a dizer assim: «Os bancos têm de baixar os juros da habitação». Vamos ver se percebo. A sua receita é esta: os bancos têm de emprestar com menos juros. Ora, que eu saiba, quando um banco é obrigado a emprestar com menos juros, o normal ç, mais dia menos dia, ir ele á falência»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — «Coitadinhos» dos bancos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » e, depois, os contribuintes têm de lá meter dinheiro para o sustentar.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Responda com seriedade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, essa solução milagrosa é realmente o máximo da demagogia.
Mas eu percebo-o bem! O Sr. Deputado faz isso apenas para ganhar votos, porque acha, como qualquer político que vem da área do trotskismo, que basear o seu discurso na inveja social rende politicamente. É por isso que o Sr. Deputado passa toda a sua vida a fazer discursos contra os «BAANCOS»» Não diz «bancos», diz «BAANCOS»!

Risos.

Nós notamos essas pequenas subtilezas, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

Diz «BAANCOS» para dar a ideia de um banqueiro gordo e anafado, que viveria à custa de outros. Ó Sr. Deputado, nós não temos esse entendimento! Nós achamos que os bancos»

Protestos do BE.