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25 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

Neste âmbito, o Governo estabeleceu medidas de aprofundamento dos deveres de informação e transparência, nomeadamente no que respeita às metodologias adoptadas pelas instituições na avaliação de riscos e de activos, em particular daqueles que sejam transaccionados em mercados de fraca liquidez e de fraca transparência (como sejam, por exemplo, os offshore ), agravando também o regime sancionatório no sector financeiro e aumentando o montante de cobertura dos esquemas de protecção dos depósitos junto de instituições de crédito.
Mais recentemente, esta iniciativa foi aprofundada com a aprovação de um regime extraordinário de concessão de garantias pessoais do Estado até 20 000 milhões de euros, destinada à criação das condições necessárias ao restabelecimento da liquidez nos mercados financeiros e, desse modo, a assegurar o financiamento regular das instituições de crédito com sede em Portugal e também o financiamento regular da nossa economia.
Já durante esta semana, о Governo propôs a esta Assembleia uma proposta de lei que visa a criação de condições para que as instituições de crédito fortaleçam os seus fundos próprios, com o objectivo, mais uma vez, de permitir a manutenção do seu apoio ao financiamento da economia.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — No apoio às empresas, sublinho a importância da descida do IRC, através da qual cerca de 80% das empresas portuguesas ficarão sujeitas a uma taxa de 12,5% e não de 25%, saliento a descida do pagamento por conta que beneficia as PME já em 2009, refiro ainda o reforço das linhas de crédito bonificado e dos impulsos dados ao sector da habitação, na reabilitação urbana, no arrendamento, e, mais recentemente, com o programa de regularização de dívidas do Estado a fornecedores.
Com este último programa, serão mobilizados 1200 milhões de euros para pagamento das dívidas vencidas dos serviços e organismos da administração directa e indirecta do Estado e do Serviço Nacional de Saúde. O Ministério das Finanças e da Administração Pública assegurará a criação de um balcão único, junto do qual os credores privados poderão solicitar o pagamento das dívidas vencidas.

Aplausos do PS.

O Governo abrirá ainda uma nova linha de financiamento de médio e longo prazo a conceder às regiões autónomas e aos municípios para pagamento de dívidas a fornecedores, e cujo montante total, incluindo a parcela de financiamento bancário, poderá atingir os 1250 milhões de euros.
Devo realçar que nenhum outro Governo criou programas e acções que atacassem estruturalmente os prazos de pagamento alargados e os atrasos nesses pagamentos como está a fazer este Governo, monitorizando e publicitando os prazos médios de pagamento, promovendo a sua redução e apoiando regiões autónomas e municípios para que alterem a sua estrutura de financiamento para benefício dos seus fornecedores.
Outros terão tido oportunidade para tomar estas medidas, mas o facto é que nada fizeram.

Aplausos do PS.

Por outro lado, com vista ao reforço da nossa coesão social, estamos a reforçar os mecanismos de protecção individual e familiar, em particular os que combatem as situações de pobreza, como são os casos do rendimento social de inserção, o aumento em quase 80% do valor orçamentado para o complemento solidário para idosos ou o aumento da retribuição mínima mensal garantida. Mas há mais: o aumento extraordinário do abono de família, a majoração das deduções à colecta das pessoas portadoras de deficiência, o alargamento da protecção na doença a todos os trabalhadores que exercem funções públicas, a introdução de um passe escolar para as crianças e jovens entre os 4 e os 18 anos, com descontos de 50% na assinatura mensal dos transportes públicos, e o alargamento da acção social escolar, que se traduzirá já a partir do ano lectivo 2008/09 no crescimento do número de beneficiários, que quase triplica para mais de 700 mil beneficiários.