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26 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

Aplausos do PS.

Ao mesmo tempo, com a verificação do agravamento dos encargos das famílias com a habitação, o Governo actuou prontamente para atenuar esses efeitos, especialmente sobre as famílias mais carenciadas, tendo aprovado a redução da taxa máxima do IMI e o alargamento do prazo de isenção desse imposto; a isenção regressiva nos valores de dedução à colecta com os encargos com a habitação, que pode chegar aos 50% para os escalões mais baixos de 1RS, beneficiando quase um milhão de famílias. Eliminamos também barreiras económicas ou legais, quer à renegociação das condições dos empréstimos quer à respectiva mobilidade entre instituições.
A própria proposta de criação dos fundos de arrendamento habitacional, beneficiando de um regime fiscal mais favorável, garantirá o acesso à habitação em condições mais vantajosas que as actualmente existentes.
Todas estas medidas ajudam a economia, pois apoiam um número muito significativo de empresas e de famílias.
Face à esperada retracção da procura externa, o Orçamento do Estado para 2009 dá assim um importante contributo para minimizar os efeitos sobre a procura interna que decorrem das condições financeiras menos favoráveis e da incerteza acrescida em que vivemos.
Por um lado, o investimento público aumenta 13,1% em 2009 face a 2008. Por outro lado, as políticas sociais, o aumento dos salários da função pública claramente acima da inflação esperada e as medidas de alívio fiscal preconizadas aumentam o rendimento disponível das famílias portuguesas. E este é um contributo importante não só para que o consumo cresça, ajudando a economia a crescer, mas também, e muito importante, para que a poupança aumente.
Sr.as e Srs. Deputados: Estas medidas, é bom sublinhar, só são possíveis porque conseguimos baixar o défice das contas públicas de forma tão significativa que permitiu pôr termo à situação de défice excessivo um ano antes do previsto. O défice orçamental foi de 2,6% do PIB em 2007 e em 2008 será de 2,2%, sendo assim o valor mais baixo dos últimos 30 anos.
É fundamental manter as contas públicas em ordem para que as políticas sociais e económicas sejam sustentáveis. Aproximarmo-nos dos 3% seria correr um sério risco de entrarmos mais uma vez em défice excessivo, o que teria consequências muito negativas para o País. Recordo que a indisciplina financeira do Estado gera dificuldades para todos, pois limita a obtenção do financiamento necessário para o desenvolvimento da actividade económica e implica taxas de juro ainda mais elevadas com implicações graves nos orçamentos familiares e das empresas.

Aplausos do PS.

Não posso, por isso, deixar de lamentar a irresponsabilidade de algumas propostas entretanto apresentadas por partidos da oposição com assento nesta Assembleia e que voltariam a colocar as contas públicas em situação difícil, como aquela que herdámos em 2005. Não podemos iludir os portugueses. A situação externa adversa não deixará, como disse, de nos afectar, e é nossa responsabilidade procurar atenuar os seus efeitos, mas de forma realista e responsável, sem gerar novas dificuldades e sem comprometer o nosso futuro colectivo.
O Orçamento do Estado para 2009 mantém a linha de rigor e responsabilidade na gestão das finanças públicas seguida ao longo da Legislatura, prevendo-se um défice de 2,2% do PIB para 2009. Apesar de o combate aos efeitos da crise implicarem medidas de apoio do Governo às empresas e às famílias mais desfavorecidas, este esforço adicional de despesa, incluindo a chamada despesa fiscal, é suportado num quadro de não agravamento do défice orçamental.
Para esse quadro de rigor e saúde das contas públicas muito têm contribuído os resultados das reformas empreendidas pelo Governo na Administração Pública, e o ano de 2009 traduzirá o culminar da plena vigência dessas reformas. Antecipa-se, assim, uma fase de intensificação da monitorização da aplicação dos vários eixos das reformas da Administração Pública, assegurando-se a gestão da mudança que se tem vindo a verificar ao longo desta Legislatura.
Sr.as e Srs. Deputados, as reformas levadas a cabo nos últimos três anos, e a consequente melhoria da solidez das nossas finanças públicas, têm-nos permitido enfrentar melhor as dificuldades que resultam desta