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40 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

Protestos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado José Eduardo Martins, dei-lhe a palavra para interpelar a Mesa, mas peço respeito por quem está a conduzir os trabalhos. Eu quis indagar qual era a questão relativa à condução dos trabalhos, porque quer parecer-me que»

Aplausos do PS.

Srs. Deputados, peço que não aplaudam. Estamos a discutir uma questão procedimental.
Queria perguntar ao Sr. Deputado José Eduardo Martins qual era a questão relativa à condução dos trabalhos, pois, efectivamente, verifiquei não era nenhuma! Em todo o caso, fica registada a sua interpelação à Mesa, nestes termos.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Obrigada, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Vamos, então, prosseguir com os pedidos de esclarecimento.
Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, o Sr. Ministro pensa que, dizendo uma coisa hábil, provoca a distracção dos outros.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Mas, Sr. Ministro, o aumento da receita fiscal não é de 2,7%, é de 3,9% — ç bem acima do PIB nominal. Porque tambçm ç receita fiscal o IRS que vai para as càmaras,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — » não ç uma receita etçrea! Tambçm ç receita fiscal a contribuição rodoviária que sai do imposto sobre os produtos petrolíferos.
Portanto, entendamo-nos, Sr. Ministro: a receita fiscal, num ano em que a economia vai estar quase estagnada, infelizmente, em que os negócios e os contratos diminuem, tem uma projecção de aumento que nós não consideramos razoável.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Se o Sr. Ministro a considera razoável, cá estaremos, daqui a uns meses, para verificar quem é que tinha razão.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sobre o IVA, Sr. Ministro, não posso deixar de lhe dizer isto: o Supremo Tribunal Administrativo é o tribunal superior dos tribunais administrativos e fiscais. Ora, se o Supremo Tribunal Administrativo diz que não é justo que uma pessoa que deve IVA por razão que lhe é alheia, que já tem de pagar o imposto em dívida, vá pagar juros de mora e, ainda por cima, uma multa brutal,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — » bem, eu se fosse a si, Sr. Ministro, parava para pensar e uma, de duas: ou o que o Tribunal diz é razoável e, então, vamos melhorar a lei a favor do contribuinte, evitando que três sentenças do tribunal façam assento,»