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17 | I Série - Número: 022 | 5 de Dezembro de 2008

Tive o privilégio de conhecer Francisco Sá Carneiro antes e depois do 25 de Abril e lembrar que, hoje, faz anos esse trágico acontecimento é um acto de honra para quem o faz, é um acto de honra para esta Câmara.
Nesse dia, Sr. Presidente e Srs. Deputados, morreu o fundador do PSD, de facto, mas também morreu nesse dia uma verdadeira referência para a democracia portuguesa.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É um orgulho para todos nós, Deputados do PSD, termos tido, como fundador, um homem com o prestígio, com a categoria e com a qualidade humana de Francisco Sá Carneiro.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Neste dia em que, tristes, lembramos o falecimento dele, de Adelino Amaro da Costa e dos seus acompanhantes, queremos que esse sentimento nunca saia da nossa saudade, nunca saia do nosso espírito e se reforce, dia a dia.
Mas, mais: deixe-me dizer-lhe Sr. Deputado, a si e à Câmara, que o PSD sempre esteve, está e estará ao lado da procura da verdade, da verdade material dos factos que sucederam. A História deve-nos isso, mas, mais do que a História, deve-nos a própria honra!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado João Rebelo.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado António Montalvão Machado, de facto, é uma data importante e foi por isso que a referi.
Fazemos sempre essa referência a esse momento trágico porque, na recordação das coisas boas da vida de Adelino Amaro da Costa e de Sá Carneiro, também há dentro de nós uma revolta: a de ver que, ao longo destes anos todos, a verdade não foi apurada. E existe um órgão, este órgão de soberania, que teve um trabalho notável no apuramento da verdade. Quando a investigação não o fez, quando o Ministério Público não o fez, foi o Parlamento e os Srs. Deputados de todos os grupos parlamentares que apuraram muitos factos em relação a estes crimes.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — É preciso dizê-lo claramente.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado António Montalvão Machado, recentemente, ouvi as palavras de uma Sr.ª Procuradora-Geral Adjunta, que respeito, que disse que as comissões de inquérito eram só «fofoquices» e que só vinham atrapalhar.
Mas eu gostaria de recordar o trabalho das comissões de inquérito sobre Camarate e sobre os crimes que foram praticados, pois foi aqui que se apurou a verdade, não foi no Ministério Público nem na investigação criminal, que foi lamentável em relação a isto.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Portanto, as comissões de inquérito, quando são feitas, e bem feitas, para apurar a verdade, têm um trabalho notável e uma utilidade muito importante. Queria também recordar o trabalho aqui feito para o apuramento da verdade de Camarate.