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20 | I Série - Número: 022 | 5 de Dezembro de 2008

transformando em energia matérias-primas existentes no território nacional cujos custos são zero ou praticamente zero.

Aplausos do PS.

Segundo os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, no final de 2008, a potência de renováveis instalada em Portugal será de 8031 MW.
A esmagadora maioria dos políticos, dos académicos, dos empresários e dos cidadãos em geral considera que o caminho que estamos a percorrer, em termos de política energética, é o acertado; isto porque reduz as importações, baixa o custos da produção nas empresas, diminui a factura energética nacional, atrai investimento privado, cria emprego e melhora o ambiente.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Cabe, agora, aqui, porque está em estreita relação com o que acabei de referir, convocar o exemplo do meu distrito de Viana do Castelo nesta área das energias renováveis.
A NUT III do Alto Minho, que coincide com a área do distrito de Viana, foi recentemente referida na comunicação social, nacional e internacional, como o «Coração do Cluster Eólico de Portugal». Esta é uma referência de distinção para a minha região, mas é também um título totalmente merecido, atenta a evidência do desenvolvimento que se verifica quer no sector da produção de energia quer no cluster das indústrias conexas instaladas em Viana do Castelo.
Quero aqui elogiar a visão estratégica que demonstraram os municípios do Vale do Minho — Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cerveira e Caminha — quando, em 2000, apoiando este projecto da instalação de parques eólicos, integraram o grupo empresarial Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho, bem como o trabalho do município de Viana de Castelo no acolhimento que dispensou à ENERCON, empresa integrante da ENEOP, proporcionando-lhe condições para a instalação de fábricas de pás de rotor, de torres de betão, de geradores e de mecatrónica, recentemente inauguradas pelo PrimeiroMinistro.
Não quero, como é comum dizer-se, que passe a publicidade que acabei de fazer aos municípios e às empresas que citei, porque pretendo exactamente dar-lhes enfoque e distingui-las publicamente, pelo facto de, em parceria, terem criado condições para construírem o mencionado coração deste cluster eólico tão importante para o desenvolvimento e o progresso de Viana do Castelo.
No sector da produção de energia e como resultado de um investimento de mais de 360 milhões de euros, os Parques Eólicos do Alto Minho I e II, já o maior parque eólico da Europa, constituído por 120 aerogeradores e com mais de 302 MW de potência instalada, produzirá cerca de 550 GW/h de electricidade, podendo satisfazer 60% a 70% das necessidades de energia consumida no Alto Minho e contribuir para a redução da emissão de 466 000 t de CO2/ano.
Viana do Castelo é o terceiro distrito a nível nacional com mais potência eólica instalada.
Na área da indústria de equipamentos, a ENERCON e as suas 29 empresas associadas criaram condições para instalar em Viana quatro fábricas, mais uma quinta já em construção, que significam um investimento total de 220 milhões de euros e a criação de 2000 postos de trabalho, mão-de-obra qualificada e tecnologia de ponta com a qual se fabricam os aerogeradores, que incorporam 95% de componentes produzidos em Portugal e para os quais está garantido mercado, em território nacional, que absorverá a totalidade da produção até 2010, e fundadas expectativas de boas oportunidades de exportação a partir desta data.
O total do investimento realizado nesta área no Alto Minho traduz-se numa percentagem de 0,4% do PIB em 2008.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A par com o rico património ambiental, histórico, cultural e gastronómico, a acção promocional do Alto Minho (que se espera ver desenvolvida pela novel Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, ali sedeada), o trabalho das empresas e a acção das instituições de ensino e formação da região, este grande potencial do cluster eólico faz do Alto Minho e do distrito de Viana do Castelo uma região com potencialidades, que merece ser olhada pelo País como um território de oportunidades.

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Muito bem!