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27 | I Série - Número: 022 | 5 de Dezembro de 2008

Contem comigo, pois, para melhorar sempre; nunca contem comigo para me resignar e deixar que tudo fique na mesma sob uma aparência de grande mudança!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para iniciar a primeira ronda de pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Educação, devo dizer que a defesa política que hoje fez, aqui, dos seus actos de gestão à frente do seu Ministério chega a ser pungente.
Repare na ilogicidade de todo esse percurso: insistiu num modelo de avaliação que, perante toda a contestação, foi sendo reconhecido como errado, parcelar e tardio e que foi a pouco e pouco abandonando, primeiro por um adiamento de aplicação, depois por um «simplex» e, agora, já chega a dizer que admite substitui-lo por outro», o que ç o cõmulo porque acaba por concluir exactamente da inoperabilidade, da incapacidade e da inaplicabilidade desse modelo.
Mas, entretanto, tem de castigar os professores! Os professores têm de ser castigados! Os manifestantes têm de ser castigados! Os grevistas têm que ser castigados!

Aplausos do BE.

Porque a obstinação da Sr.ª Ministra ultrapassa tudo o que é o normal convívio democrático, pois ela é uma «reformadora intrçpida«»! E todos os que a apoiaram nessa designação hoje abandonaram-na, pois perceberam que era apenas uma «aprendiza de feiticeira» que movimentou contra si tudo e todos os que pertencem a uma classe profissional! Dizia a Sr.ª Ministra, há pouco tempo, quando houve uma manifestação de 120 000 professores, que os professores estavam ali, em ano de eleições, instigados pelos partidos da oposição.

Vozes do PS: — E é verdade!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é absurdo! Tinha havido eleições em Abril!! Não havia, quando foi a outra manifestação! Atribuir aos partidos da oposição a movimentação dos professores é uma cegueira total, uma incapacidade de compreensão da realidade! Ontem, houve a maior greve dos professores. A Sr.ª Ministra atreve-se a vir a este Parlamento e não ter uma palavra sobre essa greve?!

Aplausos do BE.

Protestos do PS.

Uma greve que mesmo os números envergonhados do Secretário de Estado da Educação Valter Lemos confirmam que foi a maior greve de sempre dos professores! Ela ocorreu ontem, altura em que a Sr.ª Ministra «desapareceu em combate«»!

Protestos do PS.

A Sr.ª Ministra consegue vir a este Parlamento e não falar da greve dos professores?! Creio que é pungente este processo e que o Partido Socialista deveria reflectir muito aturadamente sobre estas circunstâncias, porque o modelo era a convicção da Sr.ª Ministra, mas já foi retalhado, descaracterizado e já está sujeito a negociação! Pois, então, suspendam-no! Não vai com certeza insistir, junto da bancada do Partido Socialista, que o conservadorismo de direita e o conservadorismo de esquerda têm 100% dos professores! É porque a Sr.ª Ministra não tem praticamente ninguém consigo, apesar de chegar hoje aqui e «piscar os olhos» àqueles que