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19 | I Série - Número: 024 | 11 de Dezembro de 2008

O Sr. José Junqueiro (PS): — Mas os Srs. Deputados não o fazem. Vêm aqui apresentar este problema, dizer ao País que se trata de um problema importantíssimo,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E é!

O Sr. José Junqueiro (PS): — » mas não ç tão importante que os faça usar as figuras regimentais que têm ao vosso dispor para, sem opinião de ninguém, e apenas por vontade própria do Bloco de Esquerda ou do PCP, obrigarem os Srs. Ministros a estarem aqui presentes. Essa é que é a verdade! A este respeito, gostaria de lhe perguntar o seguinte: porque é que, para o PCP e para o BE, os trabalhadores dos CTT são considerados trabalhadores de 2.ª categoria? Afinal, quem é que põem acima deles para utilizarem estas figuras regimentais?! Esta hipocrisia do Bloco de Esquerda e do PCP, que dispõem de figuras regimentais para obrigarem os ministros a vir aqui, sem o acordo de quem quer que seja» Porque ç que não utilizam essas figuras regimentais? Não as utilizam, porque, para o Bloco de Esquerda e para o PCP, os trabalhadores dos CTT são matéria de instrumentalização política e não pessoas que lhes deveriam e devem merecer respeito.

Aplausos do PS.

Protestos do PCP e do BE.

Para terminar, porque o tempo não é muito, quero deixar uma nota: a Comissão de Trabalho e a Comissão de Obras Públicas questionaram o Governo sobre esta matéria, receberam os sindicatos, como o Sr. Deputado Bruno Dias sabe, e este processo está em curso, por isso os senhores vieram aqui fazer uma operação de demagogia completa.
Devo dizer que, como socialista e defensor dos trabalhadores em primeiro lugar, me repugna o facto de o Bloco de Esquerda e do PCP considerarem desta forma os trabalhadores dos CTT, porque os senhores, se quisessem, com os direitos que o Regimento vos dá, obrigavam a vir aqui, sem pedirem autorização a ninguém, o Ministro do Trabalho e o Ministro das Obras Públicas. Acho que, pelo menos, se deve exigir ao Bloco de Esquerda e ao PCP um mínimo de honestidade e de vergonha em relação àquilo que estão a dizer.

Aplausos do PCP.

Protestos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, agradecemos que se tenha dirigido ao PCP a propósito deste processo decisivo e gravíssimo que se está a verificar nos CTT e também o interesse e a preocupação que manifestou aqui relativamente à forma como o PCP conduz a sua intervenção na Assembleia da República, mas, se me permite um conselho, o Sr. Deputado melhor faria em preocupar-se com a forma como o seu partido e a sua bancada conduzem a sua actuação e a sua intervenção no Parlamento.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E mais preocupante, mais grave e mais escandaloso do que o uso ou não uso que nós fazemos das prerrogativas que o Regimento da Assembleia da República nos confere é o voto contra do Partido Socialista»

Vozes do PCP: — Muito bem!