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27 | I Série - Número: 028 | 19 de Dezembro de 2008

Vamos olhar para o futuro! O futuro é que importa para os portugueses: o dia de hoje e o dia de amanhã! Quanto à questão da assunção de responsabilidades, o que consideramos importantíssimo e mesmo fundamental é o tempo em que se assumem essas responsabilidades, porque na política o essencial é o sentido de oportunidade. As responsabilidades assumem-se com grande sentido de oportunidade, de temporalidade! Verdadeiramente, o que lamentamos e criticamos é que este Governo não tenha o sentido de oportunidade. Este Governo reage depois de estar mais do que evidente a crise, mais do que evidente a forma devastadora como afecta as famílias, as empresas e a sociedade portuguesa.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Deputada, para terminar a resposta, vou dar-lhe um exemplo. O Sr.
Primeiro-Ministro disse ontem, aqui, no debate, que a prioridade das prioridades é o desemprego. A Presidente do PSD dizia, no dia 2 de Novembro de 2008, há um mês e meio: «A prioridade, neste momento, é o combate ao desemprego».
Aqui se nota a diferença entre o sentido de oportunidade e do tempo correcto para as medidas e o sentido de alguma distracção, para não dizer alguma leviandade.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Adão Silva, antes de mais, gostava de o cumprimentar pelo tema que trouxe aqui, ao Plenário. É um tema, de facto, muito importante.
Não resisto, no entanto, permita-me, a fazer um brevíssimo comentário à intervenção da Sr.ª Deputada Maria José Gambôa, porque tivemos, em 2 minutos, o resumo do que têm sido as justificações sistemáticas do Partido Socialista. O culpado de tudo, nesta Casa, era, primeiro, o défice e, depois, a crise internacional. Claro que não há responsabilidades do Governo do País»!

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Não»!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Mas o grande problema que o País hoje tem é que o Partido Socialista já tem o seu próprio défice, já tem o seu próprio passado.
O Sr. Deputado lembra-se, como eu me lembro — pelos vistos, na bancada socialista é que a memória é fraca! —, de um Primeiro-Ministro que dizia: «A nossa prioridade é criar 150 000 postos de trabalho». Passado quase quatro anos, volta ao início, numa lógica de eterno retorno, voltando à mesma prioridade.
O que considero espantoso, Sr. Deputado — e era sobre isso que gostava de o questionar —, é esta enorme insensibilidade social do Partido Socialista.
Num cenário de crise económica, mas, acima de tudo, num cenário de crise social, da qual os maiores responsáveis são os dirigentes e os governantes do PS, num cenário em que toda a gente — os partidos da oposição, designadamente o CDS, o Conselho Económico e Social, os sindicatos — avisou o PS que se estava a viver uma crise económica,»

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Orelhas moucas!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — » que o desemprego em Portugal era cada vez mais de longa duração e que era preciso mudar as regras do subsídio de desemprego, o Partido Socialista, primeiro, recusou e agora quer conceder o que não posso deixar de apelidar, politicamente, como uma «fraude».

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!