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25 | I Série - Número: 039 | 29 de Janeiro de 2009

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não foi isso que disse!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que se passou a seguir é que a administração da Qimonda não foi capaz de chegar a acordo com o Estado federal alemão nem com o Estado regional alemão, apesar da insistência que fizemos. Eu próprio falei com a Chanceler Ângela Merkel para lhe explicar a importância que atribuíamos à situação e o que estávamos disponíveis para dar e para oferecer. E o Sr. Deputado sabe isso! E estamos hoje a fazer exactamente o mesmo: a lutar, a fazer tudo o que está ao nosso alcance para que a Qimonda seja uma empresa viável. E o Sr. Deputado sabe isso! No entanto, em vez de o reconhecer e dizer que tem a mesma posição do Governo, prefere atacar e dizer que garanti aquilo que nunca garanti!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Garantiu, garantiu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Só garanti a ajuda do Governo, e continuo a garanti-la! Contudo, não tenho a certeza se isso é suficiente, porque se trata de uma multinacional. A ajuda para a Qimonda não depende apenas do Estado português. Depende também da ajuda do Estado federal alemão e do Estado regional alemão.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado traz muitas vezes, aqui, a face negra da situação com o intuito de atacar o Governo, sem nenhuma razão.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Queria que falássemos das estrelas, não?»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, procuramos dar sempre mais oportunidades aos portugueses.
Cerraremos os dentes, enfrentaremos a crise e ajudaremos todos aqueles que precisarem do Estado! E fá-loemos, porque essa é a nossa obrigação moral: defender as empresas e o emprego! Para combater a crise não vamos chorar e lamentarmo-nos. Vamos, sim, responder, reagir e ajudar aqueles que podem ser ajudados: as empresas viáveis! É isso que estamos a fazer, em benefício de um futuro melhor para o nosso país!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, aprenda que é mais perigoso recorrer à propaganda para esconder a realidade do que denunciá-la em termos de combate político!

Aplausos do PCP.

O que fazemos é denunciar a situação! Alertamos! Essa é obrigação de qualquer Deputado, de qualquer grupo parlamentar, tendo em conta a realidade do nosso país.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Primeiro-Ministro, claro que os mineiros de Aljustrel estão desconfiados — «gato escaldado de água fria tem medo». Perante um Governo que prometeu tanta coisa, mas que baixou praticamente todas as bandeiras dessas promessas, há profundas razões para que os trabalhadores continuem a ter inquietações em relação ao seu futuro.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!