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18 | I Série - Número: 040 | 30 de Janeiro de 2009

Iniciou o seu mandato com a farsa de um défice orçamental de 6,8% que nunca existiu, mas cuja ficção lhe deu muito jeito para mascarar a sua própria incompetência e a sua própria incapacidade reformista»

Aplausos do PSD.

» e encerra a sua passagem pelo poder com a farsa dos nõmeros em que ninguçm acredita e que estão a anos-luz de transmitir uma imagem real da situação financeira e económica de Portugal.
Este não é, pois, um Orçamento de bons números. É, isso sim, apenas mais um número dos inúmeros números de propaganda e engano do Partido Socialista.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: apesar de tudo, e porventura com uma derradeira réstia de esperança, cheguei a pensar que o Governo aproveitaria esta ocasião para aqui fazer um necessário acto de contrição.
Para vir dizer a este Plenário e, através dele, a todos os portugueses, que reconhecia ter errado e que estava sinceramente empenhado em «emendar a mão».
Para demonstrar, ao menos por uma vez, que se disponibilizava para deixar de lado a sua permanente arrogância política e para ir ao encontro daquilo que são as verdadeiras necessidades e anseios da sociedade portuguesa.
É porque, Srs. Membros do Governo, em política como na vida, a humildade não é um erro, é uma virtude; não diminui, engrandece; não fragiliza, fortalece. Em vão, porém, esperei isso.
E bastou ouvir as considerações iniciais do Sr. Ministro das Finanças para compreender que tudo continua igual. Que a sobranceria, a incompetência e a obstinação permanecem as marcas identificadoras da acção deste Governo.

Aplausos do PSD.

A sobranceria de quem se julga mais capaz do que qualquer outro; a incompetência de quem não foi, não é, nem nunca será, capaz de encontrar, em cada momento, as políticas e as medidas de que о País necessita.
A obstinação de quem se recusa a aprender com os seus erros ou, sequer, a admitir que comete qualquer erro.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — Como citou há pouco um colega meu de bancada, o Sr. Ministro das Finanças fez aqui há alguns dias algumas declarações curiosas, que não tiveram grande impacto mas que devem ser aqui recordadas.
Segundo o Ministro, não há nenhum «GPS» para a actual crise, pelo que «teremos de nos guiar pelas estrelas»...
Devo confessar que, desta vez, concordo com o Sr. Ministro, ainda que parcialmente.
Na verdade, não é apenas agora que este Governo não tem um «GPS», não tem uma simples bússola, não tem sequer a capacidade de identificar as estrelas pelas quais se deve orientar. Porque, com este Governo, Portugal não tem tido um Ministério das Finanças, tem tido um verdadeiro «mistério das Finanças».

Aplausos do PSD.

E o resultado disso, para desgraça de todos nós, está agora bem à vista.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: nos últimos tempos, o Governo e, em particular, o Sr. PrimeiroMinistro, desdobram-se em afirmações que visam responsabilizar tudo e todos excepto, evidentemente, os próprios, pela grave crise que nos afecta.
Na sua perspectiva, muitos factores terão para ela contribuído. Uma coisa é porém segura: nada daquilo que de mal nos está a atingir pode ser atribuído ao que o Governo tem feito — ou deixado de fazer — nos õltimos 50 meses», nada, absolutamente nada»!