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33 | I Série - Número: 051 | 27 de Fevereiro de 2009

Este Governo é como a pescada: «antes de ser já o era»! E, por isso, não se justifica a arrogância, o tempo de reacção e, sobretudo, o «orgulhosamente só», que é uma imagem de marca deste Governo.
«Antes de ser já o era», porque antes da recessão o desemprego chegou a 8,2%; antes da recessão o desemprego manteve-se muito elevado; antes da recessão o crescimento económico foi sempre anémico, inferior à média da zona euro e da Europa a 27.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — No tempo do PSD é que foi bom?!...

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — São conhecidos os números do desemprego e os seus graves efeitos sociais.
A generalidade dos analistas prevê, aliás, que o desemprego crescerá brutalmente em 2009 e, possivelmente, em 2010. E o que faz o Governo? Repete sempre o mesmo discurso de criação de emprego e não toma as medidas necessárias, quer do lado das empresas quer do lado dos desempregados.
Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O Ministro Silva Pereira criticou e classificou como irresponsáveis «os que procuram retirar credibilidade às entidades reguladoras». Digo: irresponsável é o Governo, que não retira conclusões e não toma medidas para que as entidades reguladoras, em casos como o do BPN, evitem o que se passou!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Tal e qual!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — O Governador do Banco de Portugal tem tido, aliás, em relação ao Governo, um papel de preparação do País para as más notícias que o Governo tem de acabar por admitir, embora contrariado.
Pergunto ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças o que é que aconteceu na intervenção do Governo no Banco Privado Português, uma vez que deixou tudo por esclarecer!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — As perguntas já foram. Já não vai a tempo!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Que garantias para o aval do Estado? Que depósitos estão protegidos? Até que montante? Pior ainda é a situação da Caixa Geral de Depósitos, que tem sido aqui falada. O Governo lava as mãos como Pilatos:»

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Tal e qual!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — » nuns casos interfere nas decisões da CGD»

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Claro!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — » e noutros não — e confessa-o. E o comunicado da Caixa Geral de Depósitos de hoje é ainda mais grave e preocupante, porque cria um precedente que é preciso saber se será igual para todos os devedores da Caixa Geral de Depósitos.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Ora!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Este é um Governo de promessas não cumpridas, que diz uma coisa e faz outra: aumentou impostos quando disse que não ia aumentar os impostos e,»

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento (Emanuel Santos): — Não é verdade!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — » todos os anos, os portugueses perderam poder de compra; prometeu criar 150 000 postos de trabalho e, neste momento, não há criação líquida de postos de trabalho.