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28 | I Série - Número: 051 | 27 de Fevereiro de 2009

Deputado defender aqueles que, na altura, chamava «ricos», dizendo que são os depositantes e reclamando a protecção dos seus interesses!

Vozes do BE: — Não! Não!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado, desculpe, mas isto é, de facto, uma falta de coerência completa.
Dissemos, desde início, que iríamos apoiar o Banco a responder perante a responsabilidade do seu balanço. Foi isso que fizemos. E com o dinheiro que foi injectado no Banco Privado Português foi possível restituir dinheiro a Caixas de Crédito Agrícola e a uma Caixa Económica, protegendo, assim, o interesse de muitos depositantes dessas mesmas instituições.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, o Governo revela-se incapaz de enfrentar a crise global que se vive em Portugal.
Pensávamos nós que o Ministro de Estado e das Finanças, hoje e aqui, não assumiria de uma forma tão límpida esta incapacidade, mas assumiu-a ao dizer que o desemprego vai continuar a crescer. Pois vai, Sr.
Ministro. Vai continuar a crescer o desemprego e vai continuar a faltar protecção aos desempregados neste País.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — E a gravidade da situação realmente, Sr. Ministro, cresce cada dia que passa.
Nesta hora, é preciso lembrar o seguinte: o desemprego é irmão gémeo da pobreza, Sr. Ministro. E, se o desemprego ou o emprego são realidades quantificáveis, a pobreza, pelo contrário, está aí, alastra de forma subterrânea e sibilina sem ter um percepção numérica e rigorosa dos seus efeitos.

A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Por isso, Sr. Ministro, V. Ex.ª, que governa na Praça do Comércio, e também o Ministro do Trabalho, que governa na Praça de Londres, precisam de ouvir o que vai nas praças e ruas deste País.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — É porque começa a crescer um clamor de que é necessário, rapidamente, criar um fundo de emergência social. Ouvimo-lo ao Sr. Padre Lino Maia, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, e disse-o, no dia 24 de Fevereiro, no Diário de Notícias, o Dr. Mário Soares de uma forma absolutamente lapidar.
Vale a pena ler o extracto da intervenção do Dr. Mário Soares, onde afirma a imperatividade da constituição desse fundo de emergência social.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Tenha atenção ao tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Por isso, Sr. Ministro, a pergunta que faço é esta: havendo um saldo da segurança social de 1500 milhões de euros, o Governo está ou não disponível para ter uma atitude redistributiva na segurança social com o intuito de acolher situações de extrema gravidade e de emergência social?

Aplausos do PSD.