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40 | I Série - Número: 053 | 6 de Março de 2009

construção da barragem do Tua. E, contrariamente ao que aqui já foi dito, essa barragem é apoiada pela maioria das autarquias e pelas populações.
O objectivo é, só e unicamente, que esta barragem não seja construída, porque, se assim não fosse, pergunto: por que não também a classificação da linha do Corgo?

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Já foi classificada!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Foi feita aqui uma descrição da linha do Tua. É, de facto, uma linha com valor, uma linha com belíssimas paisagens, mas o mesmo acontece na linha do Corgo, o mesmo acontece na antiga linha do Sabor.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Então, por que é que não as propõem a património? Proponham!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Portanto, em nosso entendimento, não faz qualquer tipo de sentido este projecto, porque é fundamental continuar com o plano anunciado pelo Governo: o plano nacional de barragens. Sabendo as dificuldades que temos em termos energéticos e o peso enorme que a factura com a energia tem na nossa balança comercial, ç criminoso termos só 47%, repito, 47%»

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

» dos nossos recursos hídricos aproveitados, contrariamente a países bem desenvolvidos, como a Alemanha ou os países nórdicos, em que essa taxa de aproveitamento é superior a 90%.
Assim, em nosso entendimento, faz todo o sentido seguir com o plano de barragens traçado pelo Governo.
Mais: é preciso também lembrar a história recente da linha do Tua. E não vi ninguém protestar aquando do encerramento do troço entre Mirandela e Bragança.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Não viu? Protestaram as populações!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Não, não vi, Sr.ª Deputada.
Não vi ninguém protestar aquando do encerramento da linha do Sabor.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

E deixe-me que lhe diga: é preciso também ver qual a utilidade dessas linhas, porque um meio de transporte pesado, como é o ferroviário, precisa de uma grande densidade demográfica ou de grandes mercadorias para ser minimamente rentável.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Ó Sr. Deputado»!

O Sr. Mota Andrade (PS): — E tal não acontece.
Sr.ª Deputada, o progresso e o desenvolvimento daquela região não se faz, seguramente, pelo transporte ferroviário.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Faz-se também transporte ferroviário!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Faz-se, sim, pelo transporte rodoviário. E será com a execução do IC5, com a execução do IP2 e com a execução da auto-estrada transmontana que aquela região terá crescimento e um desenvolvimento sustentado!

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.