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24 | I Série - Número: 054 | 7 de Março de 2009

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Administração Interna, preferia pensar que o Sr. Ministro estava a tentar evitar dizer a verdade sobre os números da criminalidade violenta no ano passado, porque o Sr. Ministro já os conhece. Mas ficámos hoje a saber que, para além de querer escondêlos, o Sr. Ministro é politicamente irresponsável. Como é que o senhor pode ter apresentado uma estratégia operacional para 2009 afirmando desconhecer os números da criminalidade violenta em 2008?

Aplausos do CDS-PP.

Como é que o senhor pode prescrever uma terapêutica sem conhecer a realidade e sem conhecer o diagnóstico? Sr. Ministro, o senhor ç um homem inteligente», mas a sua argumentação, desculpe que lhe diga, não se sustenta!! O senhor conhece os números do aumento da criminalidade, sabe que eles são muito sérios e está à espera de um dia qualquer discreto, para ver se os põe cá fora e se as pessoas não discutem o que têm de discutir, Sr. Ministro!

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Porque um aumento da criminalidade grave e violenta superior a 10% num só ano, Sr. Ministro, implica outra estratégia operacional e não aquela que o Sr. Ministro apresentou!

Aplausos do CDS-PP.

Outro ponto que lhe quero referir é que, quando António Costa critica Rui Pereira e quando Rui Pereira não sabe o que há-de fazer aos erros cometidos por António Costa, estamos todos entendidos: nem VV. Ex.as acreditam na vossa política de segurança.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Depois, Sr. Ministro, perguntar-lhe-emos as vezes que forem necessárias. Não lhe peço detalhes operacionais, nem nunca o faria, use todas as possibilidades que a lei lhe dá para combater a criminalidade importada grave.
O que lhe perguntei foi uma coisa completamente diferente: se é confirmável ou não que há ramificações, em Portugal, de um dos grupos criminais mais organizados, mais violentos do mundo, de acordo com informações das forças de segurança. No resto, o combate operacional, use todos os poderes que tem, se tiver que o fazer.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Ministro, finalmente queria dizer-lhe o seguinte: VV. Ex.as são um fracasso em matéria de segurança e vão ser responsabilizados por isso.
O senhor fala de efectivos. Sr. Ministro, estive na esquadra do Cacém há 5 dias: para cerca de 80 000 a 100 000 pessoas tem 39 efectivos!!... Esses 39 dividem-se por quatro turnos, o que dá menos de 10 agentes para uma população de quase 100 000 habitantes. Desses agentes uma parte faz trabalho burocrático. Agora veja quanta gente eles têm para fazer policiamento»!

Aplausos do CDS-PP.

Agora, veja como ç que com um carro eles podem fazer inquçritos»! Essa ç a realidade!! O resto são os seus discursos, Sr. Ministro!...

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!