19 | I Série - Número: 054 | 7 de Março de 2009
O Sr. Ministro da Administração Interna: — As outras operações também são adequadas a apreender armas ilegais.
A segunda questão que queria referir-lhe é que a apreensão de mais de 1000 armas nunca se pode considerar um dado irrelevante — mais de 1000 armas podem significar muitos homicídios, muitos assaltos, muitos crimes contra o património e, portanto,»
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Não faça demagogia!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Não é demagogia! A apreensão de mais de 1000 armas é importantíssima na actividade da polícia e não pode ser subestimada.
Por fim, permitam-me que diga ainda uma palavra sobre a motivação das forças de segurança.
Temos sempre mantido uma relação muito correcta com as forças de segurança, incluindo as associações sindicais e as associações socioprofissionais. Claro está que não confundimos as forças de segurança com as associações, como eu ouvi fazer, agora mesmo, à bancada do PSD. Não podemos dizer que as forças de segurança são as associações sindicais e socioprofissionais.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Ah! Ainda bem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — É claro que as associações sindicais e socioprofissionais têm plena legitimidade para fazer reivindicações, mas nós temos tido uma preocupação constante em melhorar o estatuto dos polícias e as suas condições de trabalho.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Isso é que não se nota!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Inclusivamente, já apresentámos o novo estatuto da PSP e já temos o primeiro projecto de estatuto militar da Guarda Nacional Republicana.
Portanto, o diálogo com as forças de segurança tem sido muito frutuoso, muito estreito e muito produtivo.
Se há coisa que prezamos realmente são os direitos das forças de segurança.
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Por fim, uma palavra em relação à nossa disponibilidade para combater todas as formas de crime mais ou menos graves.
Tenho sempre dito que não falo em aspectos operacionais da actividade das forças de segurança, mas também repito que, no plano do combate ao crime, privilegiamos o combate contra a criminalidade mais violenta e grave. E entre essa criminalidade conta-se também aquela que, por vezes, sem qualquer alusão xenófoba, que não está no Programa do Governo, se relaciona com imigração ilegal e com criminalidade ligada ao tráfico de pessoas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ah! Até que enfim que reconhece!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Por isso, tem havido sempre uma cooperação muito estreita entre a PSP, a GNR e o SEF para combater fenómenos de auxílio à imigração ilegal, para combater fenómenos ligados ao tráfico de pessoas e para tomar sempre medidas enérgicas nesse domínio.
Como sempre tenho dito, temos uma visão global, integrada, em relação à imigração, que admite a imigração legal, que é regulada harmoniosamente, e combate o auxílio à imigração ilegal e o tráfico de pessoas.
Aplausos do PS.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): Quando eu falava nisso, diziam que eu era xenófobo!