18 | I Série - Número: 054 | 7 de Março de 2009
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Eles sabem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — E não vou avançar esses números antes de eles estarem consolidados.
Mas também, Sr.as e Srs. Deputados, não compreendo qual é o afã.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Vamos descobrir qual é o afã!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Dentro de dias vamos revelá-los! Logo que esses números estejam consolidados, serei o primeiro a assumi-los, a explicá-los e a dizer que medidas é que tomámos.
A crítica fácil e demagógica de que estamos a adoptar uma estratégia sem saber os números não tem razão de ser. Isto porque anunciámos os números do primeiro semestre, sabemos que a nossa principal preocupação é a criminalidade violenta e grave e a nossa estratégia está desenhada em função dessa criminalidade.
Quanto aos efectivos, números são números. Já que os Srs. Deputados gostam tanto de números, vou recordar alguns. Durante o período de governo PSD/CDS, o efectivo das forças de segurança diminuiu em 1138 elementos.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não é verdade!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Com este Governo aumentou em 729 elementos. Repito, com este Governo, houve um aumento líquido, até agora, de 729 polícias.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Lá repetir o Sr. Ministro repete muito. É verdade!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — No vosso governo, houve uma diminuição de 1138 elementos.
Não estou a falar em admissões, estou a falar na diferença entre polícias admitidos e polícias que saíram.
Também não é verdade que andemos sempre a anunciar as mesmas admissões. Como perfeitamente sabem, no ano passado foram recrutados 2000 polícias e este ano serão recrutados mais 2000. Ou seja, dois e dois são quatro. São 4000 polícias! É fácil a conta, Srs. Deputados.
Gostaria também de dizer, em relação às palavras do Sr. Primeiro-Ministro que foram recordadas, que nenhum governo, até hoje, conseguiu transferir mais elementos das forças de segurança para o sector operacional. Só na GNR foram transferidos 1330 militares para o dispositivo territorial. Repito, nenhum governo conseguiu transferir mais! E transferimos 1330, na GNR, até agora! É um movimento que não parou, porque continuamos apostados em melhorar a rácio entre o pessoal policial dedicado a actividades operacionais e a actividades predominantemente administrativas.
Gostaria ainda de referir, relativamente às leis sobre armas, que fiquei muito agradavelmente surpreendido pela intervenção da Sr.ª Deputada Helena Pinto, porque creio que, com essa intervenção, vai votar favoravelmente a lei das armas, a qual contempla uma estratégia muito mais severa em relação a crimes de detenção ilegal de armas e a todos os crimes cometidos com armas. É, realmente, uma das nossas grandes preocupações.
Mas se fala em relação à apreensão de armas, gostaria de recordar o seguinte: em primeiro lugar, as acções preventivas especiais, as operações especiais, para apreensão de armas são apenas uma parte da actividade da polícia e as operações restantes não são operações rotineiras. As operações especiais são operações que estão previstas na lei das armas, são normalmente acompanhadas por magistrados e com finalidades específicas.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Eu sei!