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48 | I Série - Número: 064 | 3 de Abril de 2009

espera pela última moda é o argumento fácil dos fracos, daqueles que querem deixar tudo na mesma, independentemente de estar mal, quanto mais não seja para lhes garantir o seu nicho de intervenção política.
Não! O PS aposta na escola pública, aposta na sustentabilidade para novas medidas, a obrigatoriedade do pré-escolar aos 5 anos, o alargamento da escolaridade obrigatória para os 12 anos. É preciso trabalhar para que isto verdadeiramente possa acontecer, não se permitindo que se constitua como mais uma ilusão na mente da oposição, pensando que vai conseguir servir-se disto para continuar a acumular e a manter o seu nicho de intervenção.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem de terminar.

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Termino já, Sr. Presidente.
Não! A bem da escola pública, Sr.ª Ministra, continue-se o trabalho, a bem da escola pública e a bem de Portugal!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Esta última intervenção da Sr.ª Deputada Paula Barros mostra bem um novo problema com que, hoje, o sistema educativo se confronta. É que hoje, em Portugal, temos um arsenal de estatísticas destinado a branquear a acção do Governo e a criar a ilusão de que temos uma realidade que, na prática não existe, porque, infelizmente, temos hoje um arsenal de estatísticas que escondem o abandono escolar, porque, por força do Estatuto do Aluno, as crianças e os jovens que abandonam o sistema educativo já não contam para o abandono escolar. Infelizmente, em Portugal, temos hoje um arsenal estatístico que ilude os milhares de crianças e jovens com necessidades educativas especiais que no nosso país deixaram de ter acesso ao apoio.
Infelizmente, hoje, em Portugal, temos um arsenal estatístico que esconde aquela que é uma realidade cada vez mais dramática que afecta os professores, sobretudo os contratados, no que diz respeito ao desemprego, à precariedade e à redução dos aspectos mais fundamentais para qualquer trabalhador, como seja o seu salário.
Infelizmente, Sr.as e Srs. Deputados, a realidade que temos hoje, em Portugal, não cola com a propaganda do Governo e mais valia, Sr.ª Deputada Paula Barros, que trouxessem a esta Assembleia a discussão substancial da política educativa do Governo e não a ilusão criada para esconder as suas efectivas consequências.
Se fizessem isso, se adoptassem esse tipo de postura,»

A Sr.ª Paula Barros (PS): — É o que os senhores não fazem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — » se pudçssemos, nesta Assembleia da Repõblica, contar com o Partido Socialista para discutir a substância dos problemas que hoje o nosso sistema educativo tem, aí, sim, estariam a dar um contributo para a melhoria do sistema educativo. Mas parece não ser esse o objectivo, parece que o vosso objectivo, nesta altura, é exclusivamente esconder a realidade, infelizmente dramática, em que se encontra o sistema educativo português.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Passamos ao período de encerramento desta interpelação ao Governo sobre educação.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Penso que, em resultado desta interpelação, há algo que nos deve preocupar