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32 | I Série - Número: 065 | 4 de Abril de 2009

numa margem, já degradada, onde também está prevista a passagem do traçado do TGV, e, com isso, consegue-se uma oportunidade para recuperação da Mata.
Quanto à A32, o estudo de impacte ambiental recomenda a solução escolhida. A comissão de avaliação e todas as partes recomendam a solução escolhida. A Autoridade da Avaliação de Impacte Ambiental recomenda a opção escolhida.
Bem ouvi a população de Branca e os representantes locais dizendo das suas afectações. Recebemos essas argumentações, que foram reapreciadas pela comissão de avaliação, pela Agência Portuguesa do Ambiente, e também ouvimos a Estradas de Portugal. Todos são unânimes quanto ao entendimento de que a opção que escolhemos é a que tem menos impactes. Portanto, compreendo quando há uma população que não gosta de uma opção. Infelizmente, isso não basta para dizer que tem razão.
Quanto aos acessos à serra da Estrela, Sr.ª Deputada, também é altura de dizer se, a atravessar a serra da Estrela, preferia ter os chamados «túneis», que de túneis pouco tinham e de betão no Parque Natural tinham muito.
Estes acessos são os que minimizam o impacte na zona da serra da Estrela e, inclusive, vão permitir-nos usar os acessos à serra da Estrela, esses, sim, no sentido de reabilitar ambientalmente o Parque Natural da Serra da Estrela.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Alda Macedo, tem a palavra.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, deixe-me dizer-lhe que as desculpas que aqui traz são absolutamente irrelevantes.
Na verdade, no que tem a ver com o atravessamento da Mata do Choupal pelo troço do IC2, havia uma alternativa que, pura e simplesmente, não foi tomada em consideração. Não se trata de dizer «ou se faz por aqui ou não se faz», trata-se de fazer a opção em relação àquele troço, sobre o qual a comissão de avaliação, no texto do seu parecer, claramente tinha indicado que havia impactes negativos, duradouros, para a Mata.
Isto sabendo o Sr. Secretário de Estado, como todos nós, que, para a população de Coimbra, a Mata do Choupal representa um recurso natural de valor extremamente importante.
No que se refere à A32, deixe-me dizer-lhe, Sr. Secretário de Estado, que tem de explicar claramente quem, de entre a população, é que ouviu, se os moradores, que vão ter pilares do viaduto à porta de casa, ou se os interessados em especulação imobiliária, que gostariam mais que o troço fosse justamente aquele que o Sr. Secretário de Estado aprovou. É preciso saber quais desses moradores o Sr. Secretário de Estado ouviu, porque esta é uma matéria de rigor.
Na verdade, os senhores têm de ser diligentes do ponto de vista do que é a defesa da qualidade de vida das pessoas. E o que aqui está em causa é saber se a vossa diligência é nesse sentido ou se é noutro, o de ceder aos lobbies empresariais locais.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Ambiente.

O Sr. Secretário de Estado do Ambiente: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, lamento informá-la mas continua a mistificação, porque não havia alternativa.
Houve uma anterior avaliação de impacte ambiental, pela qual nem fui responsável, que aprovou a ligação de um certo nó ao rio, a partir do que a única alternativa era a que ali estava.
Portanto, do que falávamos era de uma «franja» de 0,8 ha da Mata do Choupal que devia impedir a existência do IC2. O nosso entendimento foi o de que não, como foi de não o de cada organismo da comissão de avaliação, excepto o ICNB, que tem tutela da Mata do Choupal. Nomeadamente, APA (Agência Portuguesa do Ambiente), CCDR, INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), INAG e IGESPAR, todos disseram que estava bem, simplesmente afectava a Mata do Choupal. Portanto, quanto a isso, julgo que estamos entendidos.