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25 | I Série - Número: 083 | 22 de Maio de 2009

de emprego, ainda está para vir. E declara isso hoje, no dia em que o Instituto do Emprego e Formação Profissional divulgou a actualização dos números do desemprego em Abril.
Ficámos a saber que temos mais 100 000 desempregados do que no mês correspondente do ano passado.
Durante o mês de Abril, houve mais 7500 novos registos de desempregados nos centros de emprego. Sabe quanto é que isto dá, Sr. Ministro? Dá 250 novos desempregados em cada dia do mês de Abril! São 250 por dia! É por isso que, apesar de o Sr. Ministro ter declarado há pouco, de ânimo leve, tentando dar «uma no cravo e outra na ferradura», que está do lado da criação de emprego mas que é preciso ver como é a competitividade das empresas, o Governo tem de assumir, com muita clareza, de que lado é que, efectivamente, está. E não é só em relação à Autoeuropa, mas também às outras empresas, ao plano de recuperação da economia, a um plano de investimentos que permita e facilite a recuperação da economia, e ainda em relação à protecção dos desempregados, porque, Sr. Ministro, neste momento, com os todos os dados colectados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, ultrapassamos largamente a fasquia do meio milhão de desempregados e, desta larga fasquia, deste largo número de desempregados no nosso país, quase metade não tem subsídio de desemprego.
Ora, é preciso também que o Governo se pronuncie sobre as regras da atribuição do subsídio de desemprego,»

O Sr. Luís Fazenda (BE): — É verdade!

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — » porque faz parte da sua responsabilidade garantir a sustentabilidade destas pessoas, que se encontram na situação de serem quem paga os efeitos do agravamento da crise na economia.
Sr. Ministro, se não for assim, a sua metáfora do atletismo não serve. Sabe o que ela significa? Que é um treinador com um plano de treino fundado sobre o doping, deixando ficar o grosso dos atletas para trás, não querendo saber deles para nada.
E é sobre isso que tem de se pronunciar! É preciso saber como é que o Governo vai resolver o problema desta massa de desempregados que não tem qualquer apoio do Estado para fazer face a uma situação absolutamente dramática na sua vida.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, relativamente à Autoeuropa, repito que estou do lado da manutenção dos postos de trabalho e que isso só é possível se a empresa for competitiva.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Também já disse isso da Qimonda!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Portanto, temos um grande desafio à nossa frente, que é tornar a empresa mais competitiva para que ela tenha perspectivas no médio e no longo prazo.
O desafio ç muito simples»

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — É baixar os salários!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » e acredito sinceramente que as pessoas envolvidas vão estar à altura das suas responsabilidades.
Quanto à questão do desemprego, vejam bem como é que o desemprego aumentou entre 2002 e 2004, quando Portugal esteve sob uma crise causada por culpa exclusivamente própria, e como o desemprego está a aumentar menos agora, que estamos a ser sujeitos à crise internacional mais violenta das últimas décadas.
E isso deve-se, por um lado, ao apoio que está a ser dado às empresas e, por outro lado, a medidas activas de protecção e promoção do emprego, como, por exemplo, as 62 000 micro e pequenas empresas que já