28 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009
O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Mas que rigor»!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas esse rigor permitiu também, ao longo desta Legislatura, criar uma nova geração de políticas sociais. E foi assim que reduzimos a pobreza e as desigualdades no nosso país — não tanto quanto gostaríamos, com certeza que não, mas reduzimo-las quando antes elas estavam a subir.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vai mudar alguma coisa?
O Sr. Primeiro-Ministro: — A nossa governação faz-se com base nestes princípios: rigor nas contas do Estado, sim; competência, não dar tudo a todos, como fazem naturalmente os partidos do protesto.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso o PS faz!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É tão fácil dizer «o Estado que dê tudo a todos«» Simplesmente, os portugueses sabem que isso não passa de retórica de protesto e retórica facilitista para agradar a todos os grupos e a todos os sectores. Isso não é possível!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Então, nada vai mudar!?
O Sr. Primeiro-Ministro: — Rigor nas contas públicas, protecção social, mas também reformas modernizadoras, como as que fizemos na energia.
O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Sabe o que está a dizer?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Portugal é hoje um dos países que tem mais energia com base em energias renováveis e isso dá-nos uma posição nessa questão absolutamente essencial para as economias do futuro, que é uma mudança no mix energético, e coloca-nos com mais autonomia do petróleo.
Risos de Os Verdes.
E ainda reforma na tecnologia. Portugal tem hoje uma modernização ao nível tecnológico que é surpreendente nestes quatro anos.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso fez-se com base na ideia do Plano Tecnológico.
Essas reformas modernizadoras na educação, na energia, nas qualificações são reformas ao serviço de um País melhor.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas vai mudar alguma coisa?
O Sr. Primeiro-Ministro: — É nisto que eu acredito e é por isto que me bato: rigor, modernização e protecção social. Este é o programa do Partido Socialista que continuará! Este é o nosso rumo! Não temos outro! É neste País que nós acreditamos! É claro que é preciso retirar ensinamentos com humildade dos resultados — muito bem! É preciso ouvir — certamente!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Qualquer dia ç o castelhano que dá lugar ao português»!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr.ª Deputada, os portugueses estão à espera que façamos aquilo em que nós acreditamos e não aquilo — desculpar-me-á — em que a Sr.ª Deputada acredita.