31 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009
necessidades do País. As políticas do Governo do Partido Socialista, aliás, criaram novos problemas, sem nunca conseguirem verdadeiramente resolver os velhos problemas dos serviços públicos em Portugal.
Em particular na educação, penso que o Sr. Primeiro-Ministro, neste debate, vai ter a hombridade de reconhecer que esta foi uma política durante quatro anos com sucessivos erros. Desde o início que os senhores fizeram uma escolha: era necessário que Portugal se aproximasse dos resultados escolares europeus, mas sem nunca fazer o investimento no sistema educativo que fizeram os seus parceiros do espaço europeu. Portanto, assim foi: os senhores montaram uma máquina de propaganda e uma cadeia de comando dentro da escola pública, agora o director como chefe máximo, que tem os poderes que tem, um sistema de avaliação na base da chantagem e da perseguição dos professores para produzir resultados escolares» E tudo isto, Sr. Primeiro-Ministro, há-de convir, pensado por uma equipa que teve uma capacidade surpreendente de multiplicar conflitos, de criar uma guerra com a escola pública, de humilhar os professores que fazem a escola põblica,»
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exactamente!
A Sr.ª Ana Drago (BE): — » de os acusar como culpados do problema do sistema educativo, tornando opaca a responsabilidade de sucessivos governos no que toca ao investimento na educação.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Ana Drago (BE): — Termino já, Sr. Presidente.
Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, o que queremos não são novas políticas, não são políticas «aditivadas» com um novo amaciador. Não! São outras políticas para a escola pública. Precisamos de saber se o Sr.
Primeiro-Ministro reconhece esses erros, se reconhece que o sistema de avaliação falhou e é uma farsa, se reconhece que o combate ao abandono e ao insucesso escolar não foi feito, se reconhece que a equipa que esteve à frente do Ministério da Educação, que ter Maria de Lurdes Rodrigues como Ministra da Educação foi um erro. Reconheça estes erros e o País agradece, Sr. Primeiro-Ministro!
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Diogo Feio, a primeira conclusão deste debate é a de que não há dúvida de que a moção de censura se revelou uma completa ausência de seriedade política no seu fundamento.
Vozes do PS: — Muito bem!
Protestos do CDS-PP.
O Sr. Primeiro-Ministro: — E isso já foi denunciado, por muito que vos custe. A verdade é que o aproveitamento político do CDS com base naquilo que é a moção de censura foi aqui denunciado como sendo uma utilização com falta de seriedade política e um abuso.
Sr. Deputado, desculpar-me-á, mas o Iraque é tudo menos história. Eu compreendo bem que não queiram que se lembre isso.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Olhe o Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros»!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, desculpe, há gente a morrer no Iraque e essa guerra, muito apoiada pelo seu colega de bancada, Dr. Paulo Portas, quando era ministro da Defesa, teve uma consequência terrível para o mundo na relação entre o mundo ocidental e o mundo islâmico, mas também na