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40 I SÉRIE — NÚMERO 94

O Sr. Miguel Almeida (PSD): — Eu tive oportunidade, em debate com o Sr. Deputado Jorge Seguro, de

alertar para o facto de que aquele Plano que tinha sido apresentado aqui não era mais do que uma mão-cheia

de boas intenções. É verdade que ninguém pode estar contra aquilo que está previsto naquele Plano; só que

não há uma linha sobre a forma como aquele Plano se vai consubstanciar.

Bem, estava bem de ver que, passado mais de um ano, o Plano não passou de mais uma acção de

propaganda do Governo!…

Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, eu gostava que me explicassem como é que está a criação da

plataforma inovadora de gestão de tráfego com rotas optimizadas por GPS, onde é que está a transferência

modal de 5% do transporte individual para o colectivo…

Vozes do PSD: —Exactamente!

O Sr. Miguel Almeida (PSD): — Aliás, este Plano não tem uma linha sobre a ferrovia. Nem uma linha!

Mas, a terminar, porque não há tempo para falar sobre todas as incongruências daquilo que foi prometido e

daquilo que está a ser efectivamente desenvolvido, gostava só que desse dados concretos sobre o cheque

eficiência e sobre o programa Renove+. Gostava de saber quantas famílias já foram beneficiadas com este

programa Renove+, quantos electrodomésticos foram, de facto, recolhidos.

Este Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, como já

tive a oportunidade de dizer num debate anterior, é uma boa mão-cheia de intenções, não há dúvida, mas,

infelizmente, não passa disso mesmo e tivemos, mais uma vez, a vergonha de, há pouco mais de dois meses,

a Comissão Europeia ter voltado a questionar Portugal pelo atraso do Plano Nacional de Acção para a

Eficiência Energética.

A eficiência energética, Sr. Ministro e Srs. Deputados, como diria alguém numa conferência que se realizou

nesta Casa, é a nossa maior jazida.

É lamentável que não se façam mais investimentos e que não se ande mais rápido nesta matéria e, por

isso, já apresentámos algumas propostas concretas.

Mas, claro, ao contrário do que dizem o Sr. Deputado Jorge Seguro e a bancada do Partido Socialista, para

o Partido Socialista todas as propostas que vêm da oposição são para rejeitar.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Miguel Almeida (PSD): — Infelizmente, o óbvio continua por fazer e o País está na situação em que

está!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: —Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs.

Deputados: O Partido Socialista e o Governo, neste debate, incapazes de dar resposta a muitas das perguntas

feitas, incapazes de fazer a comparação real de alternativas energéticas, de diferentes caminhos energéticos,

globais, fugiram para a demagogia, fugiram para o ataque ao Partido Ecologista «Os Verdes», o partido

interpelante.

Os senhores chegaram ao ponto de dizer que Os Verdes são contra as renováveis. Que ridículo! Que são

contra tudo. Cassete mais do que gasta!

Chegaram até a dizer que nós, afinal, se calhar, estamos a favor da barragem do Sabor, porque nos

esquecemos de a referir na intervenção inicial, quando é sabido que a posição de Os Verdes é claramente

contra a barragem do Sabor.

Chegaram até a aventar que Os Verdes seriam, se calhar, a favor do nuclear.

Bem, o ridículo chega a tal ponto que ninguém acredita e percebe que quem está verdadeiramente

desorientado neste debate é o Partido Socialista e o Governo!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Muito bem!