O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 | I Série - Número: 097 | 27 de Junho de 2009

funcionamento desse helicóptero já estão contratados, se já receberam a necessária formação e se já estão aptos a iniciar funções.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Saúde.

O Sr. António Filipe (PCP): — Mas ninguém perguntou nada ao Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado da Saúde (Manuel Pizarro): — Sr. Presidente, Sr. Deputado António Filipe, relativamente à carência de médicos de família, julgo que todos nós devemos reconhecer que o País tem um problema de carência de médicos e, em particular, um problema de carência de médicos de família.
Valha-nos, em abono da verdade, que não corresponde à realidade que 77% dos médicos de família que trabalham no Serviço Nacional de Saúde tenham mais de 50 anos e, por isso, aproveito para corrigir o gráfico que apresentaram. Foram recorrer ao gráfico dos inscritos no colégio de especialidade, mas é óbvio que os inscritos no colégio de especialidade abrangem todos os médicos que, entretanto, se reformaram, não é o universo dos que estão ao serviço. Dos cerca de 6000 médicos de família que estão ao serviço do Serviço Nacional de Saúde, a pirâmide etária não é a adequada, mas a percentagem dos que têm mas de 50 anos não se aproxima, sequer, desse valor que indicaram.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — São números da Ordem dos Médicos!

O Sr. Secretário de Estado da Saúde: — Exactamente! Se tivesse atento, teria ouvido a explicação de que esse gráfico inclui os reformados, que continuam inscritos no colégio de especialidade, naturalmente. Não deixam de ser especialistas por estarem reformados, e são muitos.
Mas quero chamar a atenção para as medidas estruturais.
Primeiro: aumento das vagas nas faculdades de Medicina, que os Srs. Deputados não referiram. Esse número passou de cerca de 1100 para 1614 no ano lectivo em curso, que é o maior número de alunos, desde o 25 de Abril de 1974, entrados nas faculdades de Medicina.
Segundo: formação de especialistas de medicina geral e familiar. Nos últimos quatro anos, portanto, durante a vigência deste Governo, entraram para essa formação especializada mais de 1100 jovens especialistas, numa média anual superior a 220 médicos, que é também mais do dobro de qualquer média anterior.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Quantos saem?!

O Sr. Secretário de Estado da Saúde: — Naturalmente, no ano em curso, em 2009, sairão 253. Enfim, a avaliação de Julho está a decorrer, não posso garantir que todos sejam aprovados, mas, se forem aprovados todos os que vão a concurso, sairão 253.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — E os que o abandonam?!

O Sr. Secretário de Estado da Saúde: — Portanto, as medidas estruturais estão tomadas.
Espero que o Sr. Deputado António Filipe, apesar de eu lamentar que não tenha médico de família, fique satisfeito por haver 225 000 portugueses que, graças às 171 USF que estão em funcionamento, conseguiram ter médico de família e antes não o tinham, e esta é uma comparação com o universo anterior. Este é um ganho líquido, Srs. Deputados.
O Sr. Deputado Ricardo Martins referiu assuntos que têm a ver com urgência e com emergência.
Sr. Deputado, chamo a sua atenção para o número de serviços de urgência que abriram. O Sr. Deputado referiu os que falta abrir, mas eu posso dizer-lhe que vão abrir, até ao final do mês de Julho, mais cinco dos que estão previstos, designadamente serviços de urgência muito importantes como o de Sintra, o de Loures, o de Arganil, o da Sertã… Vários serviços estão previstos abrir. É um pr ocesso muito delicado, porque tem a ver