16 | I Série - Número: 006 | 25 de Setembro de 2010
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E não são custos?
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — » e dissçssemos que, afinal, a nossa casa, em vez de custar 50 000 euros, custou isso e mais aquilo que pagamos á mulher a dias» Tenham paciência!
Aplausos do PS.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Isto é extraordinário!»
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — E não se trata de uma questão de fé, nem de opinião; é uma questão contratual, Srs. Deputados!! Mas há mais: o Governo é criticado porque está a cumprir aquilo que está no Programa de Estabilidade e Crescimento. É isto que temos!» O PSD consegue fazer o pleno: viabilizar o PEC; ser contra a concretização do PEC; não querer a construção de grandes e de médias obras; estar ao lado e potenciar exigências locais para a construção das mesmas obras; exigir a introdução de portagens em todo o lado; estar junto de quem está contra as portagens e potenciar movimentos contra as portagens; etc. e o contrário de etc.! O CDS, com receio de desaparecer no meio desta baralhada e das contradições do PSD, vem, agora, de facto, fazer um debate de urgência, para poder aqui evidenciar não-notícias»
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — A Sr.ª Deputada não leu o despacho?!
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, outros antes de nós contraíram despesas grandiosas não-reprodutivas que agora temos de suportar.
O Sr. Jorge Fão (PS): — Não sei se sabe de que é que está a falar!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Está a atacar o Dr. Jaime Gama, é?!
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — Este Governo, com responsabilidade e com rigor, encontra a bissectriz entre a inevitabilidade de diminuir despesa e a necessidade de investir para criar postos de trabalho e potenciar o desenvolvimento económico!
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.
O País não tem condições para continuar a assumir o mesmo ritmo de investimento, mas também não tem condições para ficar à espera de uma morte anunciada! Com bom senso, o Governo adiou grande parte dos investimentos planeados; com o mesmo bom senso escolheu criteriosamente alguns investimentos para criar esperança e oportunidades para Portugal e para os portugueses!
Aplausos do PS.
Protestos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Costa.
O Sr. Jorge Costa (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o Primeiro-Ministro José Sócrates andou a dizer aos portugueses, primeiro, que a crise ia passar ao lado de Portugal e, depois, que Portugal estava muito melhor preparado para enfrentar a crise internacional.