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25 | I Série - Número: 013 | 14 de Outubro de 2010

que me crucifiquem, mas sabem bem que isto é verdade e, portanto, não tenho nenhum problema em que o farmacêutico altere, por vezes, a minha própria prescrição.
Mas também é verdade que deve ser dada liberdade aos doentes de poderem escolher o medicamento de marca, porque há doentes que preferem tomar os medicamentos de marca. Não tirem, portanto, essa liberdade ao doente.
Sr. Deputado Rui Prudêncio, esta situação tem responsáveis e, quer queiram quer não, os responsáveis são os senhores. O povo português tem de saber, efectivamente, que a responsabilidade pelo actual caos e pelo desperdício que se gera a nível da medicação, diariamente, neste País é da responsabilidade exclusiva do PS, que não teve a coragem política de colocar estas medidas em execução.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Prudêncio.

O Sr. Rui Prudêncio (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Serpa Oliva, em primeiro lugar, os meus cumprimentos.
Sr. Deputado, traz-nos aqui a questão do saco de medicamentos. Ora, uma das melhores formas de combater essa questão é que a prescrição seja feita por via electrónica, porque aí todos os médicos têm acesso àquilo que o doente teve como prescrição. Ora, é isso o que o Governo tem estado a implementar, ou seja, a prescrição por sistema electrónico.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Estamos há cinco anos à espera!

O Sr. Rui Prudêncio (PS): — Portanto, é este o caminho.
Fala-nos o Sr. Deputado que é preciso pôr ordem nestas três classes — os médicos, os doentes e os farmacêuticos. Atrevia-me a dizer que todos têm de desempenhar o seu papel, pois é isso que compete a cada um, ou seja, o médico ser o médico, o doente ser o doente e o farmacêutico desempenhar as funções de farmacêutico.
A escolha do doente, a tal livre escolha, tem de ser feita na consulta, no sigilo, no âmbito da relação que existe entre o doente e o médico. É uma relação de confiança e o Sr. Deputado, como médico, sabe tão bem como eu que não há receita que funcione sem confiança no médico.
Não é na fila da farmácia que se vai mudar aquilo que está escrito na receita, é na conversa entre o doente e o médico. É por aí o caminho, é isso que permite hoje a prescrição electrónica e é também por isso que a queremos implementar e generalizar, dentro do tempo que é necessário para implementar estas questões. É que, como o Sr. Deputado sabe, não é só implementar o sistema informático, há uma enorme panóplia técnica por detrás para que o mais recôndito centro de saúde deste País tenha acesso à rede que permite aceder à base de dados para poder fazer a prescrição electrónica.

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Só se derem um Magalhães a cada médico!

O Sr. Rui Prudêncio (PS): — Portanto, há que ter um tempo para implementar o sistema, e está a ser implementado. É esta a resposta que vai obter do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara Carneiro.

A Sr.ª Clara Carneiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Entendeu o Grupo Parlamentar do CDS-PP trazer hoje a esta Câmara duas iniciativas que introduzem e recomendam alterações de fundo no sector da saúde e, mais concretamente, no do medicamento.