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21 | I Série - Número: 015 | 16 de Outubro de 2010

Sei que isto é embaraçante, Sr. Deputado. Desculpe, desculpe!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Não é nada embaraçante! Todos sabem por que é que isso aconteceu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Pois, pois, lembro-me muito bem» Atç sou capaz de lhe recordar a carga fiscal nos seus anos, Sr. Deputado! Sim, sim» E a carga fiscal, nos seus anos, Sr. Deputado, em quanto ç que subiu? Olhe para esses números e não core de vergonha, Sr. Deputado. Não core de vergonha!

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado Miguel Macedo desculpar-me-á mas a questão que se coloca, neste momento, é esta: o País tem um desafio pela frente, o de recuperar a confiança e credibilidade, de forma a garantir os mecanismos de financiamento e afirmar o seu caminho de desenvolvimento.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Já vou concluir, Sr. Presidente.
É a esta pergunta que o PSD tem de responder: qual é a vossa posição sobre esta matéria? É por isso que o PSD deve, urgentemente, desfazer o tabu, dizer «não» à insegurança e à incerteza e afirmar-se, finalmente, como um partido responsável, que está disponível para assumir as suas responsabilidades e para dar um contributo. Não é dar nenhum cheque em branco ao Governo, mas dar um cheque ao País. É o País que precisa, não é o Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor ainda não percebeu que, em Portugal, o seu Governo não inspira nenhuma confiança aos portugueses?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Exactamente!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — E que os portugueses não atribuem nenhuma credibilidade ao seu Governo? Ainda não percebeu isso?! Sr. Primeiro-Ministro, o que o senhor aqui fez foi, justamente, desconversar, porque o Sr. Primeiro-Ministro, quando não lhe interessam as questões, não responde — o que é, aliás, habitual — e desconversa.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Faça uma proposta! Uma proposta! O Sr. Miguel Macedo (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro usa sempre a mesma táctica, sempre a mesma técnica. Mas, já agora, quero dizer-lhe: o senhor está à espera das propostas do PSD. O País vai conhecer as propostas do PSD, a seu tempo.
O Sr. Primeiro-Ministro vai aqui ouvir mais uma coisa, que é essencial: o senhor, para cortar na despesa, não precisa de estar à espera do Orçamento; o senhor precisa do Orçamento do Estado para aumentar impostos, para ter autorização para contrair dívida. Para cortar despesa, o senhor, o seu Governo, pode fazer aquilo que devia ter feito no Estado, nos institutos públicos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro, nos últimos dias, tem conhecido exemplos concretos de desmando, de abuso dos dinheiros públicos, de abuso dos dinheiros dos contribuintes. Não ouvi uma palavra do Sr. Primeiro-Ministro sobre esta matéria, sobre o regabofe no Estado, nos institutos públicos. O Sr. Primeiro-Ministro acha que não