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25 | I Série - Número: 015 | 16 de Outubro de 2010

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado desculpar-me-á, mas para afirmar essa linha política é preciso ter credibilidade. E, lamento muito, o senhor não tem essa credibilidade, porque, nos últimos tempos, tem feito apenas o discurso fácil de quem quer agradar e ter mais votos, nessa disputa em que o Sr. Deputado anda sempre com o PSD para ver quem ganha mais votos nessa área.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E sobre os administradores não fala?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto ao sector empresarial do Estado, o que vamos fazer são reestruturações do sector empresarial do Estado que tenham em conta aquilo que são as necessidades do sector, não orientadas por qualquer necessidade exclusiva de termos uma actuação cega relativamente a algumas empresas, mas para termos racionalidade e mais eficiência.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — O que é que isso quer dizer?

O Sr. Primeiro-Ministro: — As reestruturações significam a oportunidade de melhorar as coisas.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — E não ç uma visão cortante do tipo «vamos cortar 25% dos gestores«»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Então, mas agora não quer 20%?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Cortar só nos salários! Aí sim»! Grande «lata«!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » que tem a ver com uma melhoria. Primeiro, devemos fazer um plano, apresentá-lo em concreto e, depois, verificar quais os resultados disso.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Que grande «lata»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O resultado do nosso exercício, um exercício de reestruturação, tem como consequência reduzir nessa percentagem os conselhos de administração e os gestores. Mas não fazemos ao contrário e não vimos aqui apresentar uma folha de papel onde se diz «reduzam 25%», porque isso nada significa, nada!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ah, claro!»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Além do mais, Sr. Deputado, acho absolutamente comovente esta posição, em particular, do PSD e do CDS, quanto às reduções da despesa e ao combate àquilo que são manifestações ostentatórias do Estado.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que lamento é que estas posições só sejam oferecidas aos portugueses quando se vem para a oposição. É porque, quando estiveram no governo, não me lembro de nada que tivessem feito para reduzir lugares na Administração Pública ou nas empresas públicas. Pelo contrário, Sr. Deputado, nos seus anos de governo, houve muita ostentação.

Aplausos do PS.

E espero que não me obrigue a tambçm apresentar aos portugueses»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ah, mas pode obrigar à vontade!