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26 | I Série - Número: 015 | 16 de Outubro de 2010

O Sr. Primeiro-Ministro: — » essas lembranças do que os senhores fizeram quando estiveram no governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, bem sei que os tempos são difíceis, mas, de facto, isto correu-lhe muito mal» O senhor tentou esgotar o tempo, sem dar resposta nenhuma, a ninguém — nem ao Sr. Deputado Francisco de Assis!

Aplausos do CDS-PP.

Mas olhe, Sr. Primeiro-Ministro, o que achei extraordinário foi que o senhor não tivesse sido capaz de dizer: de facto, não fui capaz de ver, em Maio, as consequências que não tomar um conjunto de medidas teria, quer do ponto de vista de uma penalização maior, se elas fossem tomadas mais tarde, quer do ponto de vista do custo para o contribuinte — 1528 milhões de euros, no espaço de três meses, apenas porque o senhor se recusou a ver a realidade! O senhor não foi capaz de dizer o que uma pessoa sensata diria: de facto, não fui capaz de perceber a tempo»! Depois, também acho extraordinário o seguinte: os senhores dizem: «Vamos reduzir em 20% os administradores e os gestores» — e são responsáveis; o CDS, há seis meses, propôs aqui reduzir em 25% os administradores e os gestores — e é demagogo. É extraordinário! Imagino que a diferença esteja em permitir à Sr.ª Presidente da Administração do Porto de Lisboa que, em vez de ganhar 4700 €/mês, passe a ganhar 6500 €/mês, ou em permitir ao Sr. Presidente da CP que, em vez de ganhar 4700 €/mês, passe a ganhar 7200 €/mês»! Ora, pergunto-lhe: se um pensionista, com 240 €/mês, tem 0 € de aumento, como ç que nas empresas públicas há milhares de euros de aumentos para os Srs. Gestores Públicos?! Alguém tem de lhe perguntar isto, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do CDS-PP.

E já agora, Sr. Primeiro-Ministro, visto que entrou neste momento na Sala um Deputado, muito em voga, do Partido Socialista, quero fazer-lhe uma pergunta que tem a ver com o seguinte: há um Deputado do seu partido que acusa um assessor do seu gabinete de prometer lugares numa empresa pública, que ele deve julgar que é dele, pagos a 15 000 € pelo erário põblico, ou seja, pelos nossos impostos, para ganhar votos no seu partido.
Como o Deputado está ali, o Sr. Primeiro-Ministro está aqui, a empresa não é longe e o assessor há-de estar acolá, gostava que o senhor pudesse explicar quem está a mentir e quem está a dizer a verdade.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Esta parte foi a mais aplaudida!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Para terminar, Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe, porque ainda estará a elaborar o Orçamento, que distinga o que é o investimento público que tem fundos comunitários e que faz imediatamente multiplicar o investimento privado, e que não volte a cair na desgraça que aconteceu ao PRODER, nos três primeiros anos.
Sr. Primeiro-Ministro, cada 6 € do Orçamento nacional mobilizam 24 € do orçamento comunitário e 70 € do orçamento dos empresários agrícolas.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.