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26 | I Série - Número: 032 | 22 de Dezembro de 2010

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Transportes.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Deputados: Penso que algumas pessoas não quiseram ouvir o que eu disse. Não existe nenhum orçamento ou plano da REFER, da CP ou de qualquer outra empresa antes de ter a aprovação da tutela. Como tal, qualquer acesso que tenham tido a documentos de trabalho não são documentos finais.
Como eu expliquei, neste momento estão a começar a ser discutidos com os presidentes das empresas, ou sê-lo-ão dentro de meia hora, os critçrios que deverão presidir á revisão dos planos e dos orçamentos,»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Só agora?!»

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: — » depois serão discutidos empresa a empresa e, depois disso, VV. Ex.as não precisam de ir procurar documentos internos ou ocultos das empresas, porque será, com certeza, o Sr. Ministro que virá aqui explicar aquilo que o Sr. Deputado Jorge Costa pensa que não existe, ou que, pelo menos, não sabe se existe, mas que teremos o máximo prazer em explicar, ou seja, o que é uma política de transportes adequada aos momentos que estamos a viver.
Não é verdade que não estejamos a fazer uma política que privilegie o transporte colectivo de passageiros.
Foi criada a Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, há um caderno de encargos, que tive oportunidade de discutir, e há um plano de actividades com a Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, que se irá traduzir em resultados palpáveis e concretos no sentido de articulação das redes. Isto porque, contrariamente ao que diz o Sr. Deputado Bruno Dias, a nossa simpatia não vai nem para o grande capital nem para o pequeno capital, vai, sim, para os passageiros, e é com esses que nós nos queremos solidarizar numa mobilidade sustentável e numa boa acessibilidade, dentro das condições que estamos a viver.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Srs. Deputados, terminado o debate requerido pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, vamos entrar nas declarações políticas.
Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No final da minha primeira intervenção neste Plenário, no dia 5 de Novembro de 2009, aquando da discussão do Programa do XVIII Governo Constitucional, recém-eleito e recém-nomeado, coloquei uma questão ao Sr. Ministro das Finanças, que vou citar: «Sr. Ministro, passa agora um ano sobre a nacionalização do BPN, na altura, com um custo estimado de 425 milhões de euros, que, rapidamente, passaram a 700 milhões e, depois, entre financiamentos e avales, a 3000 milhões de euros.
Neste momento, pergunto-lhe: quanto é que, na verdade, custou ou ainda vai custar ao contribuinte a nacionalização do BPN?» Esta pergunta tive oportunidade de repeti-la em diversos momentos ao longo da 1.ª Sessão Legislativa e também já nesta 2.ª Sessão Legislativa e é esta pergunta que, hoje, ainda está, inadmissivelmente, por responder.
A história do BPN vai longa: começou com falhas do supervisor, que não conseguiu detectar, em tempo útil, as inúmeras irregularidades, nomeadamente do foro criminal, que pelo BPN grassavam; arrastou-se para uma decisão de nacionalização, acenando o Governo com o risco sistémico de uma falência do Banco.
Nessa altura, o Governo rejeitou a solução da chamada administração Cadilhe estribado no parecer do Banco de Portugal, que considerava excessivos os cerca de 400 milhões que, nessa altura, seria necessário colocar no Banco.