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25 | I Série - Número: 032 | 22 de Dezembro de 2010

de postos de trabalho, que não vai haver despedimentos às centenas ou aos milhares, que não vão ficar milhares de pessoas sem comboio. A este desafio os senhores recusaram-se responder.
Sabemos muito bem como se resolve este tipo de problemas e esta ofensiva que está a ser lançada pelo Governo: é com a luta dos trabalhadores, das populações, dos utentes que está a ser dinamizada e com a qual o PCP, como sempre, está firmemente solidário.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — O Sr. Deputado João Paulo Correia pediu a palavra para fazer uma interpelação à Mesa, certamente sobre a condução dos trabalhos ou sobre alguma decisão da Mesa.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Sr. Presidente, queria solicitar à Mesa que fizesse distribuir uma cópia da mensagem final do relatório feito pelo Tribunal de Contas às quatro empresas de transportes públicos urbanos nas cidades de Lisboa e Porto — a STCP, a Carris, a Metro do Porto e a Metro de Lisboa — , porque essa mensagem final põe em evidência três aspectos fundamentais:»

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Sr. Deputado, desculpará, mas não está a fazer uma interpelação à Mesa.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — » a crescente qualidade do serviço, o elevado ciclo de investimento público nessas empresas e o crescente aumento do número de passageiros.

Protestos do BE e do PCP.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Sr. Deputado, não está a fazer uma interpelação à Mesa. Não pode usar da palavra como interpelação para mascarar uma intervenção.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Peço apenas para distribuir, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Costa, do PSD.

O Sr. Jorge Costa (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Esperávamos que o Sr. Secretário de Estado tivesse aproveitado esta oportunidade para nos explicar a estratégia e a política do Governo sobre os transportes. Infelizmente, esta foi mais uma oportunidade perdida por parte do Governo.
O Sr. Secretário de Estado fala em redução do défice operacional, mas não fala em redução do endividamento, não nos diz como é que as empresas de transportes do sector empresarial do Estado vão reduzir o endividamento e este défice operacional. É disso que estamos a falar, ou seja, da estratégia que é necessária para obviar soluções mais drásticas que acabam sempre nos despedimentos.
O Governo fala em reavaliar investimentos, anda há seis meses a dizer que a REFER e a CP estão a reavaliar investimentos. Quais são as reavaliações? Qual é o resultado dessa reavaliação? A estas perguntas não responde. O Partido Socialista fala como se o mundo não tivesse mudado, como se as circunstâncias não se tivessem alterado, mas nada diz, assim como o Governo, sobre esta estratégia.
Ouvimos o Bloco de Esquerda falar em disparates. Não sei se consideram também isto um disparate ou não, porque tanto o Bloco de Esquerda como o Partido Comunista acompanham o Governo em matérias que consideramos verdadeiros disparates, como a insistência nos investimentos públicos, o consumo de recursos que faltam às empresas e que são tão importantes para a sua sobrevivência, para manter os níveis de emprego e para evitar despedimentos.
Este, Sr. Secretário de Estado, não é o caminho. Os portugueses estão a pagar a factura, nuns casos, das indecisões e, noutros, da falta de decisões por parte do Governo.