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15 | I Série - Número: 033 | 23 de Dezembro de 2010

O Sr. António Filipe (PCP): — E ninguém nos tira a ideia de que o CDS-PP não viabilizou o Orçamento para 2011 porque não foi preciso.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — A nossa história recente tem demonstrado que, quando é preciso o CDSPP dar uma mãozinha para aprovar medidas de direita, não costuma faltar.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Olhe que não!

O Sr. António Filipe (PCP): — O Sr. Deputado referiu-se, em tom crítico, ao facto de eu ter salientado muito, na minha intervenção, as responsabilidades do Professor, e candidato, Cavaco Silva, actual Presidente, em relação à situação a que o País chegou e de eu ter ilibado, segundo disse o Sr. Deputado, as responsabilidades do Governo.
Bom, nesse ponto, presumo que o Sr. Deputado sentiu onde lhe doeu.

Vozes do PCP: — Exacto!

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

O Sr. António Filipe (PCP): — Se tivesse ouvido bem a minha intervenção, teria verificado que acentuei — evidentemente! — as responsabilidades do actual Presidente da República, e candidato, Cavaco Silva, mas não ilibei o Governo. Pelo contrário, referi-me a estas medidas como sendo tomadas pelo Governo e da inteira responsabilidade do Governo.
Mas o Sr. Deputado colocou uma questão muito interessante: a de saber se isto não constitui também uma crítica ao candidato presidencial que tem o apoio do Partido Socialista. Devo dizer-lhe, com toda a frontalidade, que também é, Sr. Deputado!

Protestos do PS.

Ora, foi também por isso que o PCP entendeu que, nestas eleições presidenciais, deveria apresentar o seu próprio candidato. É que nós conhecemos o passado e o presente político do candidato Manuel Alegre e, como é evidente, não ignoramos a sua origem partidária, a sua filiação partidária e as posições que ele foi tomando relativamente a todas as políticas levadas a cabo, ao longo das últimas décadas, pelo Partido Socialista.
Por conseguinte, quisemos acentuar que nos demarcamos das políticas dos governos do Partido Socialista e que consideramos fundamental que haja nas eleições presidenciais uma voz de oposição às políticas do Governo e às concepções do actual Presidente Cavaco Silva.
Em suma, demarcamo-nos, muito claramente, nestas eleições, do candidato que é apoiado pelo Partido Socialista. Nisso o Sr. Deputado tem inteira razão.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para proferir uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Foram ontem conhecidas as contas do Serviço Nacional de Saúde relativas aos nove primeiros meses do ano.
Estas contas são muito claras e não deixam nem permitem duas leituras. Em resumo, cresceu o défice, cresceu a dívida dos hospitais e cresceu a dívida do SNS. E cresceu muito em 2010, apesar das medidas