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12 | I Série - Número: 036 | 8 de Janeiro de 2011

subir. Isso significa que estamos a vender para mais sítios e que estamos a vender produtos mais caros e mais interessantes, que exigem portugueses mais qualificados, que exigem portugueses com maior preparação, com melhores ordenados e com rendimentos mais elevados.
Portanto, os dois pontos absolutamente fundamentais para se compreender a moderna economia portuguesa são o da diversificação de mercados do sector exportador e também o da intensidade tecnológica das nossas exportações.
Mas, para além destes dois, refiro ainda o peso no produto. Olhemos com atenção o contributo que as exportações dão para o produto interno bruto. Qual foi o ano, nos últimos 50 anos, em que as exportações mais contribuíram para a nossa riqueza? Foi 2008. Em 2008, o sector exportador contribuiu com 32,5% (estou a citar de memória, mas o número é sensivelmente este) para o produto interno bruto, sendo esse o ano em que as nossas exportações mais contribuíram para a riqueza nacional. Nunca antes esse valor tinha sido atingido e, a partir daí, esse número veio sempre a subir.
Claro está que, em 2009, esse número caiu, por via da crise internacional, mas este ano está de novo a recuperar, estando já acima dos 30%.
Por isso, Sr. Deputado, o sector exportador é, sem dúvida, um dos sectores que está a puxar pela economia portuguesa.
Apesar de tudo aquilo que é dito, muitas vezes sem qualquer adesão à realidade, se olharmos para a economia portuguesa em 2010 e para a frieza dos números, constatamos uma realidade muito simples.
Discuti, nesta Casa, o Orçamento do Estado para 2010 com um cenário macroeconómico que considerámos prudente: o Governo previu um crescimento para 2010 de 0,7%. Os Srs. Deputados são testemunhas das acusações de optimismo que tivemos por parte do PSD e do CDS. Pois agora não há qualquer instituição que não admita que não ficaremos muito próximos desse cenário, se não chegarmos mesmo ao seu dobro.
A avaliar pelas últimas previsões do Banco de Portugal, o crescimento da economia portuguesa, em 2010, vai ser de 1,3% ou de 1,4%, o que significa o dobro do que tínhamos previsto!

Aplausos do PS.

E significa o dobro do que tínhamos previsto num momento de ajuste orçamental. Nós vamos fazer muito melhor, o dobro do que estava no Orçamento do Estado, relativamente ao crescimento económico, mas num ano em que vamos reduzir em dois pontos percentuais o nosso défice orçamental.
A propósito da situação da execução orçamental em 2010, vou dar algumas informações à Câmara. E são três as informações que tenho para dar.
Em primeiro lugar, as receitas fiscais ficaram acima do esperado — boa notícia!

Protestos do PSD.

Em segundo lugar, a despesa do Estado fica abaixo do esperado — boa notícia!

Aplausos do PS.

E o saldo orçamental vai ser o que consta dos objectivos do Governo português: 7,3%.
O primeiro objectivo da economia portuguesa vai ser, portanto, alcançado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, começando pelo último ponto que referiu, quero dizer-lhe que nós — já o tinha dito anteriormente — queremos sempre que o país atinja os seus objectivos.