12 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — » e a banca.
O Sr. João Oliveira (PCP): — A banca?!»
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Deputado, os esforços estão a ser repartidos por todos na medida dos equilíbrios que é necessário assegurar.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Era bom que fosse assim»!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Deputado Honório Novo, temos visões diferentes de como fazer política e de como perspectivar o desenvolvimento do nosso país.
A estratégia que o PS e o País têm de seguir é difícil? É, mas de uma coisa o senhor pode ter a certeza: com mais pessimismo ou com menos pessimismo do PCP, o PS não desiste, porque o povo português também não desiste.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Frasquilho.
O Sr. Miguel Frasquilho (PSD). — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, queria começar por felicitá-la pelo facto de a Sr.ª Deputada ter dito tudo o que disse do alto daquela Tribuna sem se rir.
Aplausos do PSD.
Sr.ª Deputada, deve ter sido difícil, mas eu queria felicitá-la por esse facto, que considero importante.
Protestos do PS.
Depois, eu queria dizer-lhe que o PSD regista com agrado a colocação de dívida no mercado que foi ontem realizada.
E fá-lo por três motivos: primeiro, porque todo o montante previsto foi colocado; segundo, porque a procura suplantou largamente a oferta; e, terceiro, porque a taxa, quer no prazo de quatro anos quer no prazo de dez anos, foi inferior à ocorrida em emissões anteriores, ainda que tenham sido emissões feitas a um nível de taxa muito elevado e rotulado como insustentável pela maioria dos comentadores e analistas.
Não obstante isto, gostava de salientar o agrado com que vimos a emissão de dívida de ontem.
Vozes do PS: — Ahhh»!
O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Queria também registar, por outro lado, o desagrado com que vimos o clima gerado à volta desta emissão de dívida, quer antes quer depois de ela ter tido lugar. Isto porque esta emissão de dívida é o que acontecerá, praticamente, durante todas as semanas nos próximos largos meses, ou seja, é Portugal a ter de financiar-se junto dos mercados financeiros.
Portanto, perturbações a esta, vamos chamar-lhe, «normalidade» são, do nosso ponto de vista, prejudiciais, venham elas de onde vierem.
Em relação à execução orçamental, queria dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que o PSD regista com agrado que o défice público possa ter ficado abaixo do objectivo oficial, tenha ficado nos 7,3%, em 2010, ainda que os elementos conhecidos até agora sejam provisórios e, como a Sr.ª Deputada bem sabe, calculados numa óptica diferente da que interessa para Bruxelas, que só será apurada em Março deste ano.