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13 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

De qualquer maneira é de registar que dados estes sinais possa ter havido lugar a um défice inferior ao previsto.
Mas, Sr.ª Deputada, deixe-me dizer-lhe que aquilo que o PSD nunca esquecerá — e o que é conhecido por todos a nível nacional e internacional — é que foi à custa do esforço de todos os portugueses, que pagaram impostos bem mais elevados em 2010, com uma subida registada a meio do ano, que, aliás, teve o nosso apoio, foi à custa disso, dizia eu, que este défice terá sido alcançado e foi também à custa de algo que não a ouvi referir, ou seja, à custa da integração de uma receita extraordinária, que é o Fundo de Pensões da PT avaliado em 2,8 mil milhões de euros.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Deve ter-se esquecido»!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Repito: avaliado em 2,8 mil milhões de euros nas contas públicas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Sem isto, Sr.ª Deputada — e não venha com a desculpa das despesas com submarinos, que é de 900 milhões, porque de 900 milhões para 2,8 mil milhões vai uma distância muito grande»! E este é bem o motivo do descalabro que foi a execução orçamental que 2010, conhecida por todos, nomeadamente, na despesa pública, que subiu e devia ter descido.
Cá dentro e lá fora todos sabem isto e, portanto, Sr.ª Deputada, eu diria que devia ter sido reconhecido pelo Primeiro-Ministro aquilo que correu bem, mas também aquilo que correu mal.

O Sr. Luís Menezes (PSD). — Muito bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — E não o ouvi falar no que correu mal, até porque reconhecer aquilo que correu mal só contribuiria para credibilizar Portugal, quer cá dentro quer lá fora. Isso teria sido fundamental, porque, como sabe, vivemos tempos muito perigosos em que não podemos andar «a brincar com o fogo» e, do nosso ponto de vista, o Primeiro-Ministro ontem não teve a postura que melhor serviria os interesses nacionais.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Frasquilho, o senhor disse que eu tive a capacidade de fazer a minha intervenção sem me rir. De facto, nesta sua pergunta compreendo bem o embaraço do Sr. Deputado, porque falou do clima gerado e disse que lamentava o clima gerado — no sentido negativo, claro está! — antes da emissão da dívida portuguesa.
Sr. Deputado, devo recordar-lhe que boa parte desse clima foi gerado também com o apoio de declarações de vários líderes do PSD, de vários responsáveis do PSD, desde logo do seu líder — aliás, o seu líder já há muito que desistiu de dizer que acredita que Portugal e os portugueses são capazes de ultrapassar as suas dificuldades,»

Aplausos do PS.

» porque há mais de um mês que o seu líder já deu uma entrevista dizendo: «Venha o FMI. O PSD está preparado para governar ao lado do FMI».

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Isso não é verdade!