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44 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

justiça. Mas isto seria muito fácil» E, então, foram pela medida mais difícil e mais corajosa: furtar salário aos portugueses! Isso, sim, demonstra coragem!» Pois, pôr a EDP a pagar mais, a fazer algum sacrifício» Isso era fácil demais, Sr. Secretário de Estado — não! A medida corajosa é pôr os consumidores a pagar mais! Isso, sim, demonstra grande dificuldade e grande coragem por parte do Governo!» O que é que o Sr. Secretário de Estado quer que façamos, em Portugal? Quer que todos nós levantemos os braços e agradeçamos?! É isso que quer?! Ó Sr. Secretário de Estado, com franqueza! Até considero confrangedora a forma como o Governo, às vezes, vem gozar connosco e, através de nós, com o povo português! Sr. Secretário de Estado, será que, se o Governo trabalhasse para pôr este País a gerar dinâmica económica, para pôr este País a produzir, para pôr este País a gerar riqueza, os mercados internacionais ficavam zangados connosco? Era, Sr. Secretário de Estado?! Ficavam zangadinhos connosco?! Não nos emprestavam mais nada?! Não! É que o Sr. Secretário de Estado, que diz que estamos a trabalhar para o futuro e para a sustentabilidade do País, tem de perceber que a forma como estamos a estagnar a produção e o enriquecimento deste País compromete o futuro e as futuras gerações; não apenas esta mas também as próximas!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Vamos continuar a depender do exterior e desses mercados internacionais eternamente, porque os senhores, de facto, não fazem com que cresçamos em Portugal, com que comecemos a produzir e as pessoas querem produzir! Sr. Secretário de Estado, as pessoas, neste País, querem trabalhar e o Governo não está a deixar, está a ir por um rumo completamente errado. E isso é absolutamente inaceitável!

Risos do PS.

Não se riam, Srs. Deputados do Partido Socialista, porque isto é demasiado sério, pois a realidade que o Governo vem «pintar» não corresponde, de facto, àquela que as pessoas sentem no dia-a-dia.
Sr. Secretário de Estado, a revolta vai ser maior e aqui temos de expressar mais e mais essa revolta que grassa por esse País, fruto das opções políticas do Governo.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

Entretanto, assumiu a presidência o Sr. Presidente, Jaime Gama.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado das Pescas e Agricultura.

O Sr. Secretário de Estado das Pescas e Agricultura: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Capoulas, gostaria de comentar algumas afirmações que proferiu.
Ao aludir aos dados do recenseamento agrícola, oportunamente publicados, referiu alguns números, mas esqueceu-se de outros que, gostaria de dizer, também são importantes.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso tem a ver com os preços?!

O Sr. Secretário de Estado das Pescas e Agricultura: — Por exemplo, a produção agrícola aumentou 4,4% e a produtividade do trabalho da terra aumentou 30%.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Este debate tem a ver com os preços!