O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

43 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

Isto totaliza uma redução do apoio do Governo em cerca de 250 milhões de euros, transferidos directamente para as populações.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Acresce ainda as alterações introduzidas no regime especial de comparticipação dos medicamentos, adaptando-o à legislação que reduz as prestações sociais.
No início de 2011, foi já bem visível o resultado destas medidas. Por exemplo, nas urgências do Hospital Garcia de Orta, houve um aumento brutal dos utentes, sobretudo idosos, que não tomavam os medicamentos porque não tinham possibilidade de os comprar.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — É uma vergonha!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Isto é já um reflexo destas políticas, ditas sociais, do Governo.
Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Como se não bastasse o corte nos salários, o congelamento de reformas e pensões, o aumento do custo de vida, o Governo penaliza, ainda mais, os trabalhadores, os reformados e o povo. É este o entendimento do Governo, com o apoio do PSD, de assegurar o direito à saúde, desvirtuando integralmente os princípios constitucionais.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
O PCP manifesta o seu total desacordo com estas medidas e tudo fará para defender os interesses dos trabalhadores, dos reformados e do povo português.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, acaba por ser algo confrangedor ouvir algumas das afirmações que o Governo vai proferindo neste debate.
É que os preços aumentam, mas o Governo — coitadinho!» — não pode fazer nada» Atç gostava que a realidade fosse diferente, mas — coitadinho!» — não pode fazer nada»

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Jorge Lacão): — Coitadinho?!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Pois não tem nada a ver com isto do aumento das taxas moderadoras — absolutamente nada!» A comparticipação dos medicamentos? Nada, isso não tem nada a ver com o Governo!» O aumento das propinas? Tambçm não, não tem nada a ver com o Governo!» O aumento dos transportes? Não, o Governo não tem nada a ver com isso!» Quer dizer: o Governo não tem nada a ver com nada!» Só que o Governo tem a ver com tudo! E o que importa é que os senhores acabem por reconhecer que esta realidade com que as pessoas são confrontadas é fruto de opções políticas vossas. Não se descartem dessa responsabilidade, porque isso ficavos mal! É confrangedor ver a forma como os senhores tentam fugir às vossas responsabilidades.
Depois, o Sr. Secretário de Estado vem aqui com aquela conversa do «tomámos medidas muito corajosas face à realidade e às necessidades do País». O Sr. Secretário de Estado talvez tenha toda a razão, mas não é neste País! Sr. Secretário de Estado, pois era muito mais fácil pôr a banca a pagar IRC, por exemplo, exactamente na mesma medida em que qualquer outra micro, pequena ou média empresa paga. Isto seria da mais elementar