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40 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

Veio o Sr. Secretário de Estado falar da agricultura. Compreendo-o, e até estou de acordo com o Sr. Deputado Luís Capoulas de que houve melhoria em relação à praga que se abateu sobre a agricultura, que era o anterior ministro, que melhorou realmente qualquer coisa. Mas ainda assim, Sr. Secretário de Estado, com estes aumentos — 12% no pão (já aqui dissemos), 4,2%, diz a FAO, num cabaz global de alimentos — , compreendo-o quando diz que não há nenhum país no mundo que seja auto-suficiente em produção agrícola.
É verdade, não questiono, mas o que perguntamos ao Governo e ao Sr. Secretário de Estado é se há algum país na Europa que se dê ao luxo de desperdiçar fundos do PRODER como Portugal, infelizmente, tem desperdiçado ao longo deste tempo e ao longo destes anos.

Aplausos do CDS-PP.

Diz-nos o Sr. Secretário de Estado Carlos Zorrinho: «Este é o caminho, é por aqui que começa a competitividade e o emprego». Ora, se é por aí que começa, o que pergunto, Sr. Secretário de Estado, é o seguinte: e quando é que começa? É porque, até agora, não começou coisa alguma. Até agora, os números que temos — e basta ver os números do Banco de Portugal — são números de recessão, são números de crise. Quer dizer, até agora, não começou coisa alguma.
E, referindo-me directamente ao seu sector de tutela e à sua área de responsabilidade, o que lhe pergunto é o que o Governo tem a dizer sobre os combustíveis. É evidente que não defendo a solução do PCP; defendo uma solução de mercado. Tenho dúvidas é que haja mercado e que haja concorrência efectiva.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Claro!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É porque, nos combustíveis, desde o dia 1 de Setembro até hoje, o preço dos combustíveis aumentou 14 vezes.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — E o que nos diz o regulador? Diz-nos que não se passa nada, que está tudo bem. Enfim, o regulador, quando cá vem, diz-nos sempre a mesma coisa.
Ainda houve uma altura em que o Sr. Ministro da Economia veio cá e disse: «Também estou preocupado com o aumento do preço dos combustíveis». Mas, entretanto, nunca mais cá veio e nunca mais disse nada.
Deve andar lá nos mercados, ou qualquer coisa» Vir aqui, para dar explicações sobre combustíveis, ç que nunca mais! E quanto à electricidade, passa-se a mesma coisa.
Os senhores, de facto, não têm política económica. O que os senhores têm, em vez da política económica — e, por acaso, aí, os jornais não se enganam; basta ler um jornal de hoje, onde se diz O FMI pode esperar (é um sucesso, ainda bem) e explica que «marketing e BCE salvam leilão da dívida» — , é marketing.

Aplausos do CDS-PP.

Os senhores substituem a existência de política económica pela existência, pura e simples, de marketing. É que, na questão da electricidade»

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo só o seguinte: na questão da electricidade, os senhores dizem-nos que vão tomar 50 medidas, vão seguir outro caminho. E, aí, pergunto: Qual caminho? Quando é que baixa o preço da electricidade? Quando é que percebemos e resolvemos o problema dos tais mais de 40% que não são custo efectivo da electricidade? Nós apresentámos outro caminho e outra política económica: ajudar no PEC, ajudar as empresas exportadoras, ajudar as empresas empregadoras, ajudar as empresas que investem.