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35 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

Além disso, o que estamos a dizer quanto à tarifa social é que para as famílias mais carenciadas haverá, a partir de agora, a possibilidade de o membro do Governo estabelecer um patamar máximo de aumento. Isto é muito importante para este ano, mas também para os anos que aí vêm, em que poderemos ter um choque petrolífero que só não será mais grave porque, felizmente, temos um amortecedor, que é a aposta que fizemos nas energias renováveis.
Sr.ª Deputada, como sabe, estabelecemos um serviço de sistema que permite à nossa indústria ser competitiva e que, embora funcione em mercado, permite que os grandes exportadores que têm um consumo muito intensivo e mais no vazio não tenham praticamente aumento na sua factura energética e que, em média, as outras empresas tenham um aumento de cerca de 3%.
Sr. Deputado Almeida Henriques, sei que sabe de economia, mas sei também que, às vezes, nestas coisas faz-se o discurso que soa melhor. Sr. Deputado, não pode, ao mesmo tempo, dizer que é muito importante controlar as taxas de juro e, depois, dizer que é preciso ter um conjunto de preços que não reflectem os custos no conjunto de outras áreas. Não é possível! O essencial é termos condições para controlar essas taxas de juro, e isso é muito importante.
Sr. Deputado, é muito grave aquilo que aqui disse de desconfiança em relação aos reguladores. Muitas vezes, também temos de conversar com os reguladores, de fazer aquilo que nos indicam. Temos confiança neles e respeitamos em absoluto a sua independência.
O Sr. Deputado veio aqui dizer que não confia nos reguladores em Portugal. É muito complexo o que disse, e gostava de o sublinhar.
Queria dizer-lhe também, Sr. Deputado, que, sendo economista, esqueceu-se de duas coisas quando fez a comparação dos preços da gasolina e do gasóleo. Esqueceu-se, por um lado, que houve uma variação entre o dólar e o euro desde essa altura, o que justifica 20% da diferença; por outro lado, esqueceu-se que nos mercados não se mete nos depósitos crude mas, sim, combustível refinado. E, de facto, os combustíveis, à saída das refinarias internacionais, não têm o mesmo preço que tinham em 2008.
Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, a tarifa social diferencia preços para as famílias mais carenciadas. É óbvio que ninguçm gosta ou tem satisfação em dizer que o aumento em Portugal ç de 3,8%,»

O Sr. António Filipe (PCP): — Há quem goste!»

O Sr. Secretário de Estado da Energia e da Inovação: — » mas a verdade, Srs. Deputados, ç que ç dos aumentos mais baixos de toda a União Europeia. Em Espanha, ainda recentemente, o preço da electricidade para os domésticos subiu 9,5%.
As opções políticas de que o Sr. Deputado fala visam garantir a disponibilidade, o transporte, o pagamento aos municípios para a convergência. Quero dizer que não é verdade que os preços da energia sejam, em Portugal, dos mais altos da Europa. Aquilo que disse só é verdade para um único item, para a gasolina. O que disse para a gasolina é verdade, mas para o resto não é.
Como também não é verdade, Sr. Deputado Agostinho Lopes, que haja qualquer relação entre a tarifa social e a garantia de potência.

Vozes do PCP: — Ah!»

O Sr. Secretário de Estado da Energia e da Inovação: — Sr. Deputado, queria dizer-lhe, de qualquer maneira, que interpretou mal o decreto-lei, pois a nossa política energética pode ser caracterizada da seguinte forma: é uma política que cria emprego, que reduz importações, que reduz a dependência energética, que protege os mais carenciados, que reduz a volatilidade e que garante preços mais baixos e com subidas mais baixas do que a média europeia.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não se nota nada!

O Sr. Secretário de Estado da Energia e da Inovação: — A nossa política energética é uma política de sucesso. E é uma política de sucesso com muita sensibilidade social, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, porque preservar o Estado social é ter a coragem de tomar medidas difíceis hoje»