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37 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

Por outro lado, gostaria também de dizer que os últimos dados do recenseamento agrícola apontam para um aumento de cerca de 5% na produção agrícola. Portanto, não está em declínio, está a aumentar e, ao mesmo tempo, estamos a valorizar essa produção naquilo em que podemos ser mais competitivos.
É certo que importamos produtos alimentares de um conjunto de países, que temos um défice comercial.
Como é conhecido, importamos cerca de 7000 milhões de euros, mas também exportamos 4000 milhões de euros de produtos alimentares.
Temos, pois, também, capacidade exportadora no sector. E cada vez mais a produção tem que ser orientada para o mercado, procurando a valorização através da exportação dos nossos produtos agrícolas. É o que está a acontecer.
Por outro lado, »

O Sr. Presidente (Guilherme silva): — Tem de terminar, Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado das Pescas e Agricultura: — Termino, Sr. Presidente, dizendo também que para o Partido Comunista e para a Sr.ª Deputada de Os Verdes é muito fácil resolver este problema: o que eles pretendem sempre é que os preços diminuam na prateleira e subam na produção. Ora, isto é a quadratura do círculo. Para eles o mercado não existe, mas os preços formam-se no mercado, não são preços administrativos, que esses acabaram há muito tempo. E a política do subsídio não é a mais indicada para termos produção de qualidade e para a orientarmos para o mercado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, queria dar uma explicação à Câmara sobre a razão de ser da segunda intervenção do Governo.
O Governo entendeu fraccionar o tempo de que dispunha e proporcionar ao Sr. Secretário de Estado das Pescas e Agricultura intervir para dar explicações relativamente a matérias que tinham sido suscitadas durante o debate.
Para uma segunda ronda de intervenções, tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Vivemos aqui hoje alguns momentos de grande demagogia.
Sr. Deputado Telmo Correia, há uma diferença entre quem fala e quem faz, e essa é uma diferença fundamental.

Aplausos do PS.

Parece que desconhece a crise internacional em que vivemos. Mas estava à espera que viesse reconhecer os valores, por exemplo, do crescimento do turismo, uma área que creio lhe é tão cara. Mas nem isso conseguiu reconhecer hoje.
Também nos lembramos bem da luta que o CDS fez ao rendimento social de inserção, que ainda usam chamar de «rendimento mínimo garantido». Nós achamos que quem precisa deve ter o apoio do Estado.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Quem precisa deve ter esse apoio. É isso que o PS defende e continuará a defender.
Sr.as e Srs. Deputados, os sacrifícios têm de ser distribuídos por todos e quem mais pode mais deve contribuir. Mas o que não se percebe é o que se vai seguir nesta Câmara. Fomos obrigados a tomar medidas difíceis ao nível de cortes salariais para remunerações a partir dos 1500 € e, Sr. as e Srs. Deputados, daqui a pouco vai ser debatido um projecto que tem em vista cortes remuneratórios para estatutos remuneratórios cujo valor, em mçdia, ç superior a 5000 €. Ora, veio a põblico que todos os partidos da oposição estão contra estes cortes, o que para nós é incompreensível.