14 DE JANEIRO DE 2012
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O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Deputado Honório Novo, estamos, não diria fartos, mas
relativamente esclarecidos sobre esta matéria e julgo que aquilo que pode esperar do CDS é, de certeza, uma
vontade de mudar o País e é a vontade de, depois de pagarmos as nossas dívidas, podermos baixar os
impostos para todos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nessa altura, já estamos todos mortos!
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe
Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Depois deste debate, penso ter
sido esclarecedora a opinião da direita e da extrema-direita parlamentar.
O «partido do contribuinte», agora, esqueceu-se de todas as suas promessas eleitorais e prefere até
perseguir os beneficiários de apoios sociais, mas cala e consente a fuga fiscal dos grandes grupos
económicos. Não se percebeu qual o problema técnico das propostas, porque da intervenção do CDS o que
compreendemos foi que, na prática, aceita que a Alexandre Soares Santos fuja ao pagamento dos impostos
em Portugal; mas é exatamente o mesmo partido que, com o seu Ministro da Solidariedade Social, tem
perseguido os que ganham tostões…!
Afinal, a perseguição é o terror para quem ganha tostões, mas é a benesse e todos os favorecimentos para
quem pode fugir ao pagamento de milhões. Por isso, quando a direita e a extrema-direita parlamentar
aumentam os impostos para as pequenas e médias empresas, mas aumentam também os benefícios fiscais
para as SGPS, percebemos bem de que lado estão…! Não criticam a Alexandre Soares dos Santos, porque é
isso que acham que este Grupo deveria fazer, acham aceitável e, por isso, não criticam.
O BE está exatamente do outro lado e até o próprio discurso demagógico que a direita e a extrema-direita
tiveram neste Parlamento vai contra um pedido, uma reclamação da própria Direção-Geral de Contribuições e
Impostos que, para poder fazer melhor o seu trabalho, tem dito aos diversos governos para clarificarem o
conceito de «direção efetiva em território nacional» para que o fisco possa trabalhar melhor.
O que diz o Governo? Diz que não o faz para que o grupo de Alexandre Soares dos Santos possa fugir
melhor.
Não aceitamos esta desigualdade, nem nos calamos perante esta demagogia. O que ficou claro, agora,
perante os portugueses foi que «o partido das PME e dos contribuintes» se cala perante a fuga fiscal dos que
fogem a sério com os milhões ao pagamento dos impostos, mas impõe o terror à sociedade e às pequenas e
médias empresas!!
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de
Almeida.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, muito rapidamente para dizer, desde logo, ao
Sr. Deputado Pedro Nuno Santos… — perdão, mas é quase a mesma coisa… —, ao Sr. Deputado Pedro
Filipe Soares…
Risos do PS.
… que não chame de extrema-direita ao CDS, pois é um partido que nunca apoiou nenhuma ditadura, não
se revê em nenhuma postura extremista e não tem aqui o papel que o BE tem à esquerda.
Aplausos do CDS-PP.