8 DE MARÇO DE 2012
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Honro! Honro esse Memorando!
Agora, Sr. Primeiro-Ministro, quem é que negociou o Memorando? O Sr. Primeiro-Ministro não negociou o
Memorando?! O Sr. Primeiro-Ministro não negociou o Orçamento do Estado para 2011?! O Sr. Primeiro-
Ministro, enquanto candidato a Primeiro-Ministro, não foi o candidato que mais informação teve sobre as
contas públicas e sobre a situação do nosso País?!
Aplausos do PS.
Não se desculpe, Sr. Primeiro-Ministro! O senhor fez promessas que, agora, não pode cumprir! Está a
desculpar-se, em vez de se responsabilizar!
Aquilo que é preciso, neste momento, é ter à frente do Governo…
A Sr.ª Presidente: — Terminou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — … um líder que se responsabilize, não um líder que se
desresponsabilize.
E devo dizer-lhe que não aceito o que disse em relação às freguesias. Não aceito! Estive num roteiro pelo
interior e senti, mais uma vez, o que é cortar a ligação do Estado com as freguesias rurais.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — O Partido Socialista sempre se disponibilizou para negociar uma
verdadeira reforma do poder local.
Vozes do PSD: — Não é verdade!
O Sr. António José Seguro (PS): — O que o Governo fez não foi uma reforma, Sr. Primeiro-Ministro. O
que o Governo fez foi uma simples lei de extinção de freguesias, e quer confundir os portugueses.
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — E sabe como, Sr. Primeiro-Ministro? A régua e esquadro, tentando
impor aos municípios, às autarquias e às freguesias!
Nós propusemos uma alternativa, Sr. Primeiro-Ministro: que a metodologia fosse diferente!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente,…
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, vou dar-lhe mais algum tempo para descontar o ruído das bancadas.
Mas o tempo de que dispunha já terminou.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, vou concluir.
Gostava de ter sido ouvido nas mesmas condições em que o Sr. Primeiro-Ministro foi ouvido, mas quero
dizer-lhe uma última coisa, bem como a toda a bancada que o apoia: Sr. Primeiro-Ministro, vai continuar a
ouvir a voz do PS custe o que custar!