O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 101

6

salarial, que incide, quer sobre o lado das despesas, quer sobre o lado das receitas da segurança social.

Trata-se de um fenómeno cíclico, que em nada afeta a sustentabilidade, a longo prazo, da segurança social.

Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada, muito obrigado pela vossa atenção.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Temos um pedido de esclarecimentos em espera, do Sr. Deputado Nuno

Encarnação, à Sr.ª Deputada Ana Drago.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, Sr.ª Secretária de Estado, Srs. Secretários

de Estado, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Ana Drago, depois de ouvirmos a intervenção do Bloco de

Esquerda uma coisa podemos concluir: este partido, em circunstância alguma, foi feito para estar à frente dos

destinos deste País — nem à frente, nem ao lado!

Uma voz do PSD: — É bem verdade!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — A criatividade e o malabarismo com que falam ao País e a esta

Assembleia é, sem dúvida, notável.

O que mais me custa ver é o seu líder e Deputado Francisco Louçã, um académico conceituado,

compactuar com discursos desta natureza. É o que se pode chamar de uma verdadeira oposição de plasticina,

que se molda a cada momento e onde todo e qualquer caminho traçado por quem está no governo é mau. É

mau porque é; não é bom porque não pode ser.

Mas mesmo bom para o BE era a defesa do TGV; a aliança com Sócrates dava nisto, fruto de uma

coligação presidencial «alegre».

Caminhar a alta velocidade na dívida soberana era a grande descoberta e a solução para todos os males

— já não chegava a que tínhamos.

Este é o exemplo acabado de um partido à margem das soluções e sempre de mão dada com os

problemas.

Hoje, Sr. Ministro das Finanças, o Sr. Deputado Francisco Louçã devia agradecer-lhe a si e ao Sr. Ministro

da Economia por terem parado a tempo esta loucura do TGV, da forma como estava desenhada e projetada.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — A receita era a mesma de sempre: criar empregos custe o que custar,

mesmo que os projetos fossem deficitários no futuro.

É curioso, depois de exemplos destes, ouvir o BE falar de défice, da despesa e da receita, quando a

despesa era a vossa melhor receita, neste caso concreto.

Sr. Ministro das Finanças, não vale a pena explicar, nem ao ralenti, a quem não o quer ouvir ou entender.

Protestos do PS e do PCP.

Se dizer à oposição que tem a receita controlada é porque, afinal, está descontrolada; se lhes explica que,

expurgada de certos montantes, a despesa cai, é porque a despesa cresce.

O negativo de uma fotografia também se comporta assim. A fotografia deste País, aos olhos deste Bloco, é

sempre contrária ao que a lente capta.

Se o FMI diz que até 2016 serão investidos em Portugal mais de 20 000 milhões de euros, se alguns

primeiros-ministros da União elogiam Portugal no cumprimento das nossas metas, o Bloco faz de conta que

não ouve. Renegociar a dívida é o remédio santo e o único que a esquerda defende.

Mas gostava de perguntar a VV. Ex.as

qual é a poção mágica para reduzir a dívida, pagarmos os nossos

empréstimos, honrar o Memorando que assinámos e fazer crescer a nossa economia.