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27 DE ABRIL DE 2012

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Gostava de ver VV. Ex.as

sentados e reunidos com a troica, a explicar-lhes como fazer. Sugiro mesmo, a

bem deste País, que o façam,…

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, terminou o seu tempo.

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Termino já, Sr.ª Presidente.

… que essa bancada iluminada apresente o receituário a tão maus médicos. Porque não o fazem?

Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Ainda ontem o Sr. Presidente da República, aqui nesta Casa, dizia e recordava que a desinformação e o

recurso à ficção são alguns dos grandes males deste País. Tão bem lembrado, Sr.as

e Srs. Deputados!

Quando olho para a minha frente, hoje, vejo exatamente a quem se destinava esta mensagem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Era ao Governo! Era ao Governo!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Que baixo nível!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Olhe para hoje! Olhe para a realidade!

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Nuno Encarnação, aprecio sempre o seu estilo,

em particular que traga de antemão escrita a questão que quer colocar acerca da minha intervenção e que

faça uma apreciação crítica sobre o conteúdo e o estilo dessa mesma intervenção ainda antes de a ter ouvido.

Acho que facilita o desenrolar do nosso trabalho parlamentar.

Mas há aqui um problema: é que falei especificamente sobre o peso que têm hoje, no Orçamento do

Estado e na vida dos portugueses, os juros da dívida pública e o que significa, em termos de incompetência e

de agravamento das condições de vida dos portugueses, não renegociar essa dívida e esses juros. Creio que,

hoje, essa era, sim, a questão determinante a discutir neste mesmo debate sobre a execução orçamental,

mas, como o Sr. Deputado já trazia a pergunta escrita de casa, não tivemos a oportunidade de ter esse

debate, não é?

Protestos do PSD.

Portanto, creio que, provavelmente, seria mais interessante eu poder contrapor algumas das questões que

o Sr. Ministro Vítor Gaspar aqui trouxe.

Ficamos a perceber que há lapsos e lapsos. Quando o Sr. Ministro enunciou ponto de viragem, não falava,

afinal, sobre uma mudança para a vida dos portugueses, para a economia, para a criação de emprego, para a

capacidade de relançar a economia. Não! Era sobre a colocação da dívida pública nos mercados

internacionais, dos títulos do tesouro. Bom, o que percebemos é que o Sr. Ministro se recusou a fazer, nesta

mesma Assembleia, um debate.

Sr. Ministro, deixe-me dizer-lhe, olhos nos olhos, de forma intelectualmente séria, Sr. Ministro, que até eu,

que não sou economista, percebo que a baixa das taxas de juro nos mercados, nos últimos tempos, tem a ver

com a liquidez do mercado introduzida pelo Banco Central Europeu. Lamento, Sr. Ministro, se os mercados

não têm confiança no Sr. Ministro Gaspar,…

Aplausos do BE.

… e, portanto, é preciso discutir isto com alguma seriedade, sabendo o que é causa e sabendo o que é

consequência.