13 DE SETEMBRO DE 2012
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Protestos do PS.
Vozes do PSD: — Custa ouvir a verdade! A verdade dói!
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — A governação socialista atentou contra a massa crítica de Portugal.
Protestos do PS.
Portugal é, hoje, uma nação em risco, e isto é preciso ser dito, diariamente, aos portugueses, a todos os
que nos querem acompanhar. Portugal é uma nação em risco, e a maior quota-parte da responsabilidade pelo
patamar de risco em que nos encontramos tem rostos; tem rostos que persistem em iludir os portugueses; tem
rostos que persistem em adiar Portugal; tem rostos que se negam à responsabilidade de apresentar alternativa
com vista à redução do endividamento e à consolidação das finanças.
Protestos do PS.
Os portugueses que vivem, hoje, no quotidiano, as consequências políticas irresponsáveis sabem que,
afinal, o País não é rico e que a dívida pública e a dívida privada são insustentáveis, que a desorçamentação e
os consequentes desequilíbrios económicos e financeiros minam o presente e o futuro de Portugal e da vida
de cada um.
E porque os portugueses estão do lado de Portugal, incumbiram esta maioria de quebrar o ciclo de
recuperar a credibilidade de Portugal na Europa e no mundo, de garantir a sustentabilidade do sistema
financeiro, de retirar Portugal do patamar de elevado risco em que nos encontramos.
O mandato dos portugueses foi um mandato vinculado à execução do Programa de Ajustamento
Económico e Financeiro que vamos cumprir.
Os portugueses sabem que o nível de endividamento que atingimos com a governação socialista não
poderia ser resolvido num ano. A alteração da situação é tremendamente difícil e dolorosa para Portugal e
para os portugueses, mas é crucial.
Não baixaremos os braços a meio do percurso.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Termino já, Sr.ª Presidente.
Estamos firmes na convicção de que as medidas que já adotámos na correção do défice externo, com a
expectativa de que a balança de bens e serviços será positiva em 2012 (dois anos mais cedo do que o
previsto no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro), com o crescimento sólido das exportações,
como com a redução da despesa pública real que diminuímos, em 2011, em 1350 milhões de euros, com a
racionalização das práticas na Administração Pública, com o aumento da tributação sobre o rendimento de
capitais e das mais-valias, com a taxa adicional de solidariedade, com as reformas estruturais, com estas
medidas, estamos no caminho certo.
Passámos no quinto exame de avaliação da execução do Programa, o mais exigente. A missão concluiu
que foram feitos os progressos significativos no ajustamento necessário para a diminuição dos desequilíbrios
económicos e financeiros que persistiram em Portugal.
A deterioração do enquadramento externo e a composição do ajustamento interno da economia portuguesa
aumentaram substancialmente o esforço de consolidação para atingir o equilíbrio orçamental.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — O combate ao desemprego será a nossa prioridade.