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I SÉRIE — NÚMERO 136

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Mantemo-nos em situação de emergência nacional, Sr.as

Deputadas e Srs. Deputados, e, não obstante os

ventos e as marés, não abandonaremos o barco, vamos levá-lo rumo ao destino que os portugueses

ambicionam.

Muito obrigada pela tolerância, Sr.ª Presidente.

Aplausos do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Vão é borda fora!

A Sr.ª Presidente: — A próxima declaração política cabe ao Partido Socialista, para o que tem a palavra o

Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Não há memória, em Portugal, de

uma política cujo fundamento é o de retirar dinheiro aos trabalhadores e entregá-lo ao capital.

Aplausos do PS.

Não há memória, em Portugal, de uma estratégia ideológica para forçar o empobrecimento do País,…

O Sr. Basílio Horta (PS): — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — … para forçar a emigração, o desemprego, as falências das empresas e o

desespero das famílias.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Não há memória!

Não há memória, mas há uma realidade que os portugueses estão a viver e a sentir cada vez mais, por

obsessão do vosso Governo, e cujos resultados são cada vez piores, mais flageladores e mais indicativos de

um colossal falhanço da governação.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Por ocasião da cerimónia do 25 de

Abril, tive a oportunidade de alertar para os riscos de uma rutura democrática.

Alertei, então, para as consequências do que a continuação de uma política reiterada de iniquidade social,

de ataque à escola pública e ao Serviço Nacional de Saúde poderia vir a ter no quebrar do diálogo e do

consenso político mínimo em Portugal.

Desde essa altura, prosseguindo o que já vinha fazendo antes, o Governo não fez outra coisa senão

afastar-se do PS e da sociedade portuguesa, ignorar os sinais e as propostas, radicalizar as opções.

É, por isso, altura de dizer «basta!» e de separar as águas.

Cito aqui o Secretário-Geral do PS, António José Seguro, na sua última intervenção, feita em Penafiel:

«Avisei várias vezes o Primeiro-Ministro de que ele estava a seguir um caminho errado e que causa mais

problemas do que resolve, um caminho de agravamento das injustiças, um caminho que vai originar mais

desempregados.

Avisei várias vezes o Primeiro-Ministro de que austeridade em cima de austeridade, a austeridade do ‘custe

o que custar’ está a destruir a classe média e a aumentar os níveis de pobreza.

Quando o Primeiro-Ministro opta por estas medidas não pode ignorar o que o PS tem dito, nem a

consequência que isso terá na votação que faremos do Orçamento do Estado para 2013» — foi isto o que

disse o líder do Partido Socialista.

Aplausos do PS.